Sobre o cinema nacional

O meu único leitor, Diego Reis, reaparece na caixa de comentários para especular sobre o cinema nacional e minha preferência dentro das produções contemporâneas. Eu não vi, ainda, dentro do que foi produzido no cinema nacional um filme que me marcasse tanto quanto AÇÃO ENTRE AMIGOS, de Beto Brant. Tudo nele me chamou profundamente a atenção, embora a história não guarde nenhuma novidade por tratar da guerrilha armada, da resistência e da tortura. Na verdade, o filme de Beto Brant me interessa tal qual Sindicato dos Ladrões devido ao problema da delação. A figura do traidor sempre me interessou. Leio mais livros sobre personagens dessa natureza do que figuras célebres. A psicologia dos homens detestáveis me interessa bastante. Tanto que o ensaio biográfico de Zapata, escrito por Eric Nepomuceno, o traidor do líder da resistência, chama-se Jesus. Ação entre Amigos é um filme correto, realizado com muitos acertos. Vez por outra, revejo-o com enorme prazer. E é minha única indicação dentro do cinema nacional, mesmo que no Brasil se tenham realizado coisas magnificas que pouco se ligam a minha sensibilidade. Em tempo, não sou crítico de cinema.

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