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Mostrando postagens de novembro, 2010

Entrevista de Reinaldo Ramos

Mariel, que você acha desses argumentos de que a polícia tá sendo manipulada pra limpar terreno pra milícia, Este é um argumento arriscado demais. É preciso que o Governo do Estado garanta os investimentos feitos no Rio de Janeiro tanto para as Olimpíadas quanto para a Copa do Mundo. Não entregaria o território de um grupo de marginais para outro. E como defendi em meu artigo abaixo, não devemos apenas apertar o cerco somente contra os marginais. Também devemos punir exemplarmente policiais corruptos, advogados e toda a autoridade envolvida em ameaças à sociedade. Não por ética, isto se valendo da ótica do Estado, mas para manter o Rio como um pólo de investidores do porte destes citados acima, porque em 2014 teremos eleições e todos querem um lugar ao sol. que a opinião pública tá sendo manipulada por interesses conspiratórios escusos, A opinião pública defende aqueles que deve defender, a parte da cidade que lucra, cresce e absorve a mão de obra barata dos subúrbios: a cl

Um Recado

"O desejo do puro é sempre hediondo" Nelson Rodrigues

Adendo

A minha crítica em relação a discussão sobre a maioridade penal, enquanto não resolvemos outros problemas mais graves, permanece de pé. O que faremos se vencida a guerra? Adotaremos políticas ostensivas de ocupação, sim. Resgataremos o cidadão, seqüestrados pela horda de bandidos, devolvendo-lhe o direito de ir e vir garantia que o Estado democrático deve prover? Sim, também. Prenderemos, julgaremos e aprisionaremos os bandidos que restarem, procurando resgatá-los para que possam voltar à sociedade e desfrutarem de uma nova vida? Talvez. Os preconceitos são muitos e, além disso, a maioria dos bandidos se acostumou com o lucro fácil, o dinheiro farto e as regalias. Como alguns de nossos políticos corruptos. Um fenômeno de espelhamento? Talvez também. O que faremos em relação à política das drogas. É, das drogas, porque esses traficantes não comercializam produtos eletrônicos, não pirateiam filmes nacionais ou estrangeiros ou mantém uma confecção para falsificação de roupas de grife. Não

Direto do Blogue do Nei Lopes

AS REINAÇÕES DE MONTEIRO LOBATO O escritor Monteiro Lobato não era tão inocente quanto andam dizendo por aí, em meio à polêmica sobre a suposta censura que sua obra estaria sofrendo. Vejamos. Em 1944 publicou o livro A Barca de Gleyre, que reúne, em dois volumes, cartas por ele enviadas ao escritor mineiro Godofredo Rangel entre 1903 e 1943. Em uma delas, o “sobrinho” da Tia Nastácia assim se manifesta sobre o povo dos subúrbios cariocas: “Estive uns dia no Rio (...). Dizem que a mestiçagem liquefaz essa cristalização racial que é o caráter e dá uns produtos instáveis. Isso no moral – e no físico, que feiúra! Num desfile, à tarde, pela horrível Rua Marechal Floriano, da gente que volta para os subúrbios, que perpassam todas as degenerescências, todas as formas e má-formas humanas – todas, menos a normal. Os negros da África, caçados a tiro e trazidos à força para a escravidão, vingaram-se do português de maneira mais terrível – amulatando-o e liquefazendo-o, dando aquela coisa residual

CIDADE MARAVILHA PURGATÓRIO DA BELEZA E DO CAOS

Trecho de correspondência entre minha mulher, Aurea e Diego Reis, amigo comum do casal. "Com a Globo, me apavorei. Wagner Montes e programas sensacionalistas passando a operação ao vivo, é de praxe. Mas a Globo parar tudo, até novela, e dispensar o lucro das propagandas para mostrar "Tropa de Elite 3, ao vivo, sem ensaios e sem cortes" é pq a coisa está muito grave mesmo. Estava aqui, tentando trabalhar ou estudar ou torcer para que tudo desse certo. Ou querendo sair daqui e virar a super Aurea e defender Mariel dos perigos vespertinos e madrugosos de Copacabana, ou correr para casa e abraçar o eu cachorro e me esconder debaixo da cama. Ou atirar em todos os bandidos da cidade para recuperar o meu direito milenar de cruzar a província e poder beijar e abraçar a minha filha, ajudá-la a fazer o dever de casa (como faço pelo menos 4 vezes por semana). Ou processar o Estado por deixar a cidade ficar nesta situação e atrapalhar o andamento do ano escolar de Isabelle (às dua

Tensão

O Rio de Janeiro vive dia tenso com o combate ao tráfico. Nas ruas, percebe-se a apreensão das pessoas. Ao mesmo tempo em que desejam dar um fim ao seqüestro da cidade, promovido por facções criminosas que sabotam a ordem pública, não sabem como agir em caso de um ataque mais violento, porque as autoridades competentes não se pronunciam sobre um modo de prevenção. Aconselham a população evitar as áreas de conflito, o que parece ser uma piada, porque em toda a cidade está conflagrada a guerra. A torcida é que para as forças da ordem pública consigam, com menos perdas de homens e material, tomarem aquele que é o ponto crítico dos problemas enfrentados pela cidade: O Morro do Alemão, mais conhecido como Complexo do Alemão. Muitos se referem ao episódio como uma guerra civil. O que é um erro. Não é uma insurreição do povo contra o governo como na Revolta da Vacina, é uma reação a um Estado criminoso instalado nas favelas e morros cariocas. E não são brasileiros aqueles homens que estão ao

Resposta da Produção de Oswaldo Montenegro

"Oi, Mariel Só para informar que recebi seu e-mail. Reparei que o seu 1º envio retornou por não estar corretamente escrito. Peço que aguarde até semana que vem nosso retorno, pois Oswaldo está viajando e só retornará no domingo. Abs, Andréa"

Vila Cruzeiro Dominada Pela Polícia - Parabens ao Governardor Sérgio Cabral

Depois de mega – operação da Polícia Militar para invasão da Vila Cruzeiro, Zona Norte, no Rio de Janeiro, local onde fora assassinado o jornalista Tim Lopes pelo marginal Elias Maluco e seus comparsas, com vistas às imagens exibidas da fuga dos bandidos para o Morro do Alemão, os comentaristas tendo enxergado a presença de menores entre os traficantes reacendem a polêmica da maioridade penal, como se isto fosse resolver o problema da violência no Estado. O que não é uma verdade. Se não conseguimos resolver os problemas ocorridos entre uma população carcerária que já cumpre pena, imagine se a aumentarmos exponencialmente? Se não conseguimos impedir que ordens para vandalismo e destruição de propriedade alheia cheguem aos comparsas dos marginais que estão em liberdade, o que pensar sobre a maioridade penal? Se não moralizamos os advogados que prestam serviço aos presos e terminam por servir como pombos correios, como reacender a questão da maioridade? Somente para trazer alívio imediato

Contato Oswaldo Montenegro

Caro Oswaldo Montenegro, O meu primeiro contato, através do endereço eletrônico presente no site Oswaldo Montenegro, não foi bem sucedido. A mensagem eletrônica retornando como se o e-mail fosse inexistente frustrou minha expectativa de retratação e pedido de desculpas por integrar o coro de linchadores públicos que se voltaram contra o compositor no infeliz incidente sobre a música Metade e o poema Traduzir-se, de Ferreira Gullar. O que talvez tenha representado uma chance a mais para repensar sobre o meu pedido contido na minha primeira mensagem, refreando o meu ímpeto, solicitando a presença do meu bom senso – que me dizia como ele vai dar ouvido a um sujeito que não conhece, não faz parte de suas relações e escreve para ele se desculpando como prova de um caráter que não o interessa, porque tem milhões de tantas outras coisas para pensar e resolver, portanto, pensei que o importunaria, se me mantivesse preso à idéia de que conseguiria algum sucesso com meu pedido. Por questão de au

Inocentando Oswaldo Montenegro

A turma do Ancelmo Gois e a minha própria deveriam pedir desculpas, como faço publicamente agora, ao músico Oswaldo Montenegro, tornando sem efeito as acusações de plágio realizada pelo poeta Ferreira Gullar, porque,como afirmou, a música já existia em seu repertório antes mesmo da publicação do poema, o que por sua discografia pode se constatar. Abaixo está a prova, retirada do site do músico e a minha retratação do Oswaldo vê se te emenda. O meu pedido sincero de desculpas ao músico Oswaldo MOntenegro sobre essa questão do plágio. • Trilhas (1977) Independente LP 1. Quantas vitórias (Oswaldo Montenegro) 2. Tá certo (Oswaldo Montenegro) 3 . Quem Diria (Oswaldo Montenegro) 4. Dance (Oswaldo Montenegro) 5. Paço do Rosário (Oswaldo Montenegro - poema incluso de Raimundo Costa) 6. Maria, a louca (Oswaldo Montenegro) 7. Monsieur Manel (Oswaldo Montenegro/Mongol) 8. Abre Alas (Oswaldo Montenegro) 9. João sem nome (Oswaldo Montenegro/Mongol) 10. Metade (Oswaldo Montenegro) 11. Casa Assombrad

Oswaldo Montenegro versus Gullar, ou Oswaldo vê se te emenda

Leio no blog do poeta Jefferson Alves Vieira a polêmica provocada pelo poeta Ferreira Gullar, que por e-mail avisou a todos os seus amigos, de que circulava pela internet um poema que levava a sua assinatura, intitulado Metade, com linha de construção muito próxima ao poema Traduzir-se. O colunista Ancelmo Góis publicou o alerta em sua coluna ("Uma parte de mim Ferreira Gullar, 80 anos, é mais um escritor vítima da internet. Ontem, o poeta alertou aos amigos, por e-mail: "Está circulando na internet um plágio do meu poema Traduzir-se?, feito por Oswaldo Montenegro há vários anos, intitulado Metade?. Só que, agora, circula com meu nome, dando-me como autor do plágio." ) e o público que tire as suas conclusões sobre o caso. No mesmo blog, uma leitora, não contaminada por nenhum tipo de histeria – nem pelo cantor, nem pelo poeta – fez aquilo que todos deveríamos ter feito para esclarecer a pendenga – buscar as fontes. E nos entregou – a ele, o dono do blog, na caixa de mens

Reage, Zona Norte

Situação de abandono e violência. Criminosos invadem as ruas. Uma cidade maquiada. UPPS funcionais somente na Zona Sul e Centro/RJ. Reage,Zona Norte, reage, parte da Zona Oeste. Prefeito e governador, atenção, suburbanos pagam impostos também.

Uma Antologia...

O amigo e crítico literário Vinicius Jatobá me propôs um projeto audacioso: reunir meus melhores contos, revisitá-los criticamente e caso seja necessário, reescrevê-lo. Uma idéia que me agrada bastante. Espero conseguir acertá-los para a publicação de uma antologia. Afinal, mesmo sem publicar, são quatro livro de contos. Dois publicados e outros dois por publicar. Um abraço meu amigo Vinicius...

Moacir C. Lopes

Eu, Mariel Reis, não sei orar. Apenas quando saio de casa, repito : Que Deus me guarde, que Deus me ilumine , que Deus me guie. E entrego o meu caminho as forças poderosas que regem o mundo. Moacir, faça de minha simples oração, à sua. Moacir C. Lopes que um cortejo de anjos marinheiros possa recebê-lo - corpo e alma - inteiro da aventura que foi existir. Vai, meu amigo, confidente e incentivador. Abaixo o que ele escreveu como pretenso prefácio para meu livro John Fante Trabalha no Esquimó. Mariel Reis, novo Contista É bom, e salutar para a literatura, podermos recepcionar um jovem escritor que surge com força e determinação como quem chega para incorporar-se de imediato ao patrimônio das letras nacionais. É o caso de Mariel Reis que estréia com este livro de contos John Fante trabalha no Esquimó. Faz algum tempo venho acompanhando sua caminhada como contista, lendo contos esparsos, através dos caminhos do correio eletrônico, com surpresa pelas surpresas de seu estilo, de como conduz

SÉRIE CONTATOS FEITOS PELO FACEBOOK - 20.11.2010

Prezada Sra. Isa Pessoa, Como vai? Me chamo Mariel Reis e resolvi procurá-la pela sensibilidade privilegiada que todos dizem que você possui para a literatura. Sou amigo do Paulo Scott e iria pedir a ele a intermediação, mas ele é um cara bastante ocupado e se posso procurá-la "pessoalmente", melhor. Não sei se trabalha ainda na editora Objetiva, mas o caso é que possuo dois livros inéditos e muito bons que gostaria de submeter à sua leitura. Um deles, o Luiz Ruffato gostou bastante, mas ocupado como estava, me indicou algumas editoras e pessoas para as quais encaminhei o livro, intitulado A Arte de Afinar o Silêncio. Conta com prefácio de Menalton Braff e orelha de Eustáquio Gomes - que hoje, infelizmente, depois de um AVC está cego e mudo. Deus o ajude em sua recuperação e não desampare a nenhum de nós. Voltando ao assunto, o outro livro se chama Vida Cachorra. E conta com prefácio de João Anzanello Carrascoza e orelha de Paulo Lins. Espero que leia minha mensagem e tenha u

Urso

U.R.S.O - UNIÃO PELA REVOLUÇÃO SOCIALISTA. "A miséria é o combustível necessário para a revolução".

Clássicos Contemporâneos

Os críticos cheios de firula não apontam além do óbvio do que constitui o cânone da literatura brasileira. Eu estou me colocando em praça pública para o apedrejamento quando me decido a enumerar quais os clássicos contemporâneos. É comprar para conferir e perceber que contém os elementos necessários para serem alçados à categoria aludida. É uma lista longa. Até agora tem quarenta nomes. Não fiz distinção se o autor está vivo ou não. Alguns nomes parecerão inusitados, apimentando mais as escolhas. Por enquanto, oito títulos com seus respectivos autores. A Cabine/O Trânsito (novelas) - Autor: Juva Batella; Valsa Para Bruno Stein (romance) - Autor: Charles Kiefer; Fortaleza Voadora (contos) - Autor: Pedro Salgueiro; Jóias de Família (novela) - Autora: Zulmira Ribeiro Tavares; Cine Privê (contos) - Autor: Antônio Carlos Vianna; Jairo e Seus Diabos (romance) - Autor: Antônio Carlos Resende; Quarto de Despejo (romance) - Autora: Carolina Maria de Jesus; Palavras Secretas (contos) -

Um Poema de Alexandre Guarnieri

iluminação artificial I quem poderia supor a estranheza de um gás aceso, que, para exercer seu fascínio, e revelar o mais concêntrico dos segredos, houve quem conseguisse confiná-lo à vácuo, em estreitas serpentinas de vidro fino, só obtidas de um sopro controlado sobre um fogaréu típico de maçarico, todas formas moles, antes que lhes derretesse o sólido molde, e para flagrar-lhe o lume gasoso sob o fulgor do argônio tido como inofensivo, bastasse atravessá-lo ainda, com ímpeto e magnetismo, a mínima fagulha física ou única chispa, uma faísca fixada à indissoluta nuvem da sua coluna vertebral? II luz. de súbito habitando um casulo (ou tubo) onde é insone o neônio! eis o rito contraditório de uma luminosidade tão espessa, mas só contida às expensas (ou dos parênteses) da mais fina vitrina, a tripa vítrea e colorida cujo conteúdo é clarão contínuo e vivo, uma câmara de tortura abrigando um bicho luminescente, escorregadia enguia elétrica nadando na obscuridade de um aquário profu

Um Cronista Perdido Na Paranóia de Uma Nova Guerra Fria

Quando José Dirceu pensou o mensalão, tinha em mente quarenta anos de governo para o Partido dos Trabalhadores. Com a denúncia de Roberto Jefferson todo o plano teve que ser mudado e adaptado às novas circunstâncias, inclusive contando com a ignorância consentida do mandatário da república: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O planejamento juntamente com o levante de republiquetas da América Latina é uma especulação para a tomada do mercado pela China, única remanescente comunista, que se moderniza para atender as exigências de atualização para se inserir no mercado para depois arrebatá-lo do seu maior rival : os Estados Unidos da América, de Barack Obama. Com a virada de mesa, para isto se especulava meio século, como alguns economistas afirmam, obrigaria tanto a Europa quanto aos demais países que mantivessem relações comerciais com a potência chinesa a um realinhamento que beneficiaria o séquito do comunismo terceiro-mundista. E aí chegaria a hora de uma renegociação das relaç

Solidariedade

O escritor Eustáquio Gomes, depois de um AVC, está cego e mudo. Torço para a recuperação deste ser humano excelente e artista primoroso. Ele escreveu as linhas abaixo para o meu livro A Arte de Afinar o Silêncio, contos, ainda inédito: A ARTE DE AFINAR O SILÊNCIO Marques Rebelo fuma numa estação de trens e trava um diálogo com o jovem que se senta a seu lado: nada a estranhar, se o escritor não estivesse sendo velado naquela mesma manhã na Academia Brasileira de Letras. No interior de um bonde, Lima Barreto encontra Bento Santiago e estabelece com ele uma curiosa conversa sobre Capitu. O pintor Iberê Camargo, passeando pelo Botafogo, ouve de uma cigana que ele matará um homem. Decidamente, este não é um livro comum. As histórias que o compõem não são nada vulgares. E o Rio que retratam é o Rio interior de Mariel Reis, um lugar onírico que impressiona pela concretude da linguagem com que é construído, feito de coisas reais, nada abstratas. Neste sentido, se seus êmulos são Lima Barret