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Mostrando postagens de junho, 2008

Leon Tolstoi no Céu?

A psicografia de determinados autores é algo arriscado. Primeiro, não há certeza real se é mesmo o autor que se apresenta para escrever centenas de páginas, porque se alguém tem esta certeza é o médium e não pode transmiti-la a outrem sem o argumento de que se deve acreditar, porque, para se defender, utiliza o número de informações recebidas, lembranças que somente o escritor morto teria e construções que na maioria das vezes excedem a educação do médium, sendo alguns mesmo semi-analfabetos. O que garantiria a isenção do fenômeno. Isto não é um juízo sobre o valor dessas transmissões, se são de caráter verdadeiro ou falso pouco importa. O que preocupa é a lástima de ler um autor russo, por exemplo, como Leão Tolstoi que nada tem a ver com aquele que em vida, ou se preferirem, quando encarnado, nos deu obras do porte de Ressurreição, Anna Karenina e outros contos maravilhosos. O meu comentário repousa sobre uma constatação, depois de lido um relato psicografado através de uma médium so

Augusto dos Anjos Parte I

O poeta paraibano Augusto dos Anjos é notadamente marcado pela sua concepção pessimista em relação à existência. O estandarte de sua poesia desfila pelas agruras do homem, pela sua desintegração com a morte, compartilhando com Baudelaire uma estética da repugnância, do apodrecimento, da carniça, se faz entre os nossos poetas o arauto das novidades que o vate francês introduziu nas letras de sua pátria. O estudo comparado dos dois poetas seria salutar para exemplificar suas similaridades, os pontos de contato de suas criações poéticas como também afirmar a originalidade de ambos no tratamento do material poético de que dispunham. Entretanto, não é sobre essa faceta do poeta paraibano que iremos repousar nossa dissertação, que se focará em uma concepção particular de religiosidade no eu lírico desse criador. No entanto, é preciso antes, acercar-se dos clichês, justificáveis, contudo injustos, a que poesia de Augusto dos Anjos esta submetida. O primeiro deles é a alcunha de poeta da Dor –

Lobo na Pele de Cordeiro

A empresa não está livre da ação de um funcionário ardiloso. Na maioria das vezes, o patrão não sabe quem ele é, ignora completamente como age, e, frequentemente passa esse funcionário, por alguém de bem. Isso é um aborrecimento para os companheiros de trabalho, porque como esse funcionário reivindica as mesmas coisas que eles, se iludem de que tem em comum: sonhos e ambições. O que é uma mentira. Porque na maioria das vezes esse funcionário por indução quer comandar a ação dos colegas para obter benefícios para as suas urgências, se valendo de métodos como a adulação ou o ataque direto ao patrão que estaria prejudicando a ambos – a ele e aos seus colegas. Nisso está o ardil desse funcionário, que se chamado em reunião, dirá que sim tinha o mesmo desejo dos colegas, mas que não via dessa forma, que a cobrança poderia ser realizada de outra maneira. O patrão simpatiza com essa falsa consideração e se indispõe com os demais que não sabem colocar as coisas. Porque se tudo ocorre com corre

Meus Três Leitores

A minha sorte não termina em estar publicado em tantas revistas. Talvez seja uma indicativo de qualidade, mas esta virtude não existiria se não contasse meus três leitores de confiança. Não sei quanto sofrimento infligi a este seleto grupo que apresentarei nesse espaço para conhecimento do pequeno público que me visita. Não é que outros não existam, porque existem, mas sabem me evitar. Tiram o telefone do gancho, ignoram meus e-mails, desviam-se dos meus escritos como Satanás foge da cruz e do julgamento final. O primeiro dos meus leitores é Antônio Dutra. Chamarei a todos de Cristos pela paciência com que me devotam sua leitura, análise e críticas. Então, esse é o primeiro leitor. E não é verdade isso, porque disparo ao mesmo tempo o e-mail contendo o texto tanto para ele quanto para o Vinícius Jatobá. O que dificulta saber quem é o primeiro leitor. Antônio Dutra é um dos promissores escritores dessa nova geração. É um cara com rosto alongado, óculos, gestos contidos e uma sorte danad

Um Autor em Maré de Sorte

A minha sorte está brilhando bastante. Antes minha publicação se restringia ao sítio Paralelos, porque estava envolvido com as discussões pertinentes a montagem do livro. Isto me dava uma certa moral. No entanto, me incomodava não ter um crivo crítico mais rígido para que minhas publicações fossem ao ar. O que me deixava bastante inseguro, porque não sabia se escrevia bem ou contava simplesmente com os contatos certos que me levariam para o lugar que desejava, com ou sem mérito. Isto me envolvia em certa nebulosidade, causando o recebimento de e-mails que reforçavam minha característica partidária contraposta ao meu talento. Havia ressentimento na maioria das mensagens, mas decidi verificar meus dotes, inscrevendo meus escritos em concursos, enviando para outras revistas, pedindo a opinião de ficcionistas renomados, rescrevendo a maior parte do que já estava publicado. A minha primeira surpresa aconteceu com o sítio Crónopios, publicando um conto meu. Segue abaixo o endereço: http://

Sobre o Dia dos Namorados

"Crescei-vos e Multiplicai-vos" "Quem paga as fraldas?" argumentou outra voz. O homem faz escolhas. E nem sempre consegue explicar as escolhas que faz de maneira clara e racional, porque nela estão presentes componentes os mais diversos: sociais, econômicos, culturais e biológicos. Talvez a vida tenha se pautado dessa forma para selecionar aqueles que estão mais aptos a se desenvolverem em ambientes inóspitos, muitas das vezes desfavoráveis à instalação humana. Chamam a essa capacidade de instinto, e, ele contribui para que a espécie humana venha cada vez mais se adaptando as necessidades do planeta e dela própria. Nossas escolhas influenciam o nosso modo de ver as situações em que estamos envolvidos – com pessimismo ou otimismo. Faz com que nosso cérebro funcione, examinando a melhor maneira de administrar recursos, recorrer a alianças, romper acordos. Em suma, nossa escolha decide se estaremos vivendo tempos de paz ou tempos de guerra. A natureza dotou as

Sobre a Confiança no Ambiente de Trabalho

Para Aurea "Nesse dia tão tristonho Fiz promessa pro santo, Que me arranjasse casamento. Valei-me Santo Antônio! Essa mulher Não me sai do pensamento." A confiança é um artigo de luxo no ambiente de trabalho. É moeda forte nos tratos com os companheiros, e, em certas ocasiões define o caráter de uma queixa ou confidência quando se trata de se tomar uma decisão importante a respeito de carreiras e o futuro profissional. Portanto, se alguém a tem consigo trate de não desperdiçá-la, porque raramente você irá conseguir restaurá-la caso venha a perdê-la. A confiança solidifica relações, possibilitando que a verdade surja sem os inconvenientes das delações ou das descobertas indesejadas. É um exercício constante a confiança. E também doloroso porque não se sabe bem se a pessoa com quem estamos tratando está sendo verdadeira, e nos estima tanto quanto estimamos a ela. O funcionário trabalhava com seus amigos em uma empreitada onde todos já cansados pensavam na remuneração que se

Sobre Responsabilidade no Trabalho

Para Cheyenne A verdade é que passamos mais tempo no trabalho do que em casa. E isto nos obriga a tomar determinadas decisões para que o ambiente da empresa onde se trabalhe não se torne insuportável e árido como se não tivéssemos nada a ver com aquela sala, aquela mesa, aquela cadeira e aquele computador. Portanto, é aconselhável personificar o local de trabalho, mas sem exageros. Evitar afetação na decoração do lugar em que se passa a maior parte do dia, e, em que se tem a maior parte dos problemas. Esta decoração sempre conta com fotografia do namorado, namorada, marido, esposa, filho ou filha. Algumas vezes varia bastante, tendo uma fotografia divertida em algum lugar em que a família esteve nas férias. Ou com algum animal de estimação – nesta categoria os cães são vencedores. A opinião sobre os gatos não é a mais lisonjeira em se tratando de ambiente de trabalho, porque está associada a traições, intrigas e azar. Segundo a crença popular este é um animal endemoninhado. O tempo