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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Sobre o poema Pavuna

Meu querido Mariel, seu poema é muito bonito: o ritmo, as imagens, as palavras próprias. Mas, há uma resolução no começo e no final que talvez você precise trabalhar um pouquinho mais, por ex.: o verso: "Nada o menino na Lagoa das Águas Turvas". Este belo verso, no correr do poema, já alude que, esse menino, é você. Portanto,repeti-lo é redundância. Pense nisso. Abração, seu admirador S. M.

Pavuna

Nada o menino na Lagoa das Águas Turvas. Os braços cortam o toldo mineral, As margens de automóveis, ferro e silêncio Decalcam-se na orla da silhueta do garoto. Dança o tupi no centro da Praça Copérnico Revoluteia contra a escuridão crescente. As coisas sem cotidiano, infecundas, amorfas, Vagam no Tempo, livres da noção de sua história. Pavuna, teu rio, teus legisladores, teus sargentos, Desfazem-se pelas ruas, perdem matéria no vento.

Mercado Editorial Brasileiro

Meus Amigos, Se a New Yorker me responde, mesmo negativamente. Por que aqui no Brasil é tão difícil? ---------- Forwarded message ---------- From: Poetry, TNY Date: 2010/2/24 Subject: Re: Work from New Yorker Poem Love: mobile. To: marielreis@ig.com.br We regret that we are unable to use the enclosed material. Thank you for giving us the opportunity to consider it. Sincerely, The Editors
Para Reynaldo Valinho Alvarez "Esta rua, esta praça, esta cidade circulam no meu sangue e me envenenam." O canto em si canção de exílio citadino. Atravesso As ruas Como se cruzasse Países, Invento uma língua Para minha comunicação Com os homens. Circulam no meu sangue Linfa, raiva e palavra, E o canto Em si Não basta. Desdobra Sobre meu corpo Asas, Volta a correr Os tempos mortos. Grita o poeta Na garganta Do tempo: nó, poeira e sonho

Poemas, by Mariel Reis

Para Aurea & Elaine I Ao redor do teu corpo Uma ilha de ventos e palavras: A fortaleza do silêncio. II Amálgama de silêncio e furor Tua linha de sombra e poesia, Atravessa o meu dia. III Dos Amantes o mais ausente. Embora a leve no coração, Senhora, Nem sempre a saudade é leve.
Palavras de Um Leitor Querido Sobre o Livro Cosmorama. Boa noite caríssimo amigo.Li seus poemas com a atenção e o carinho que um artista do seu naipe merece.Li como amigo,e como poeta que também sou e pude sorver todo o sabor que a boa poesia tem,e fiquei assim palativamente sensível como no seu poema "Sorvete" ...como um gosto bom nos lábios.Andei muito por aí e vi de tudo, uns loucos mal resolvidos,uns fantasmas e alguns bons poetas também(de vez em quando nascem flores no asfalto).Há mais de um ano me afastei disso tudo não me encontrava mais.As pessoas queriam o tempo todo se promover,inveja,egoísmo,egocentrismo e ficava tudo apenas no a arte pela arte(quando havia arte).E eu penso que se Deus nos deu o dom da arte da palavra é por que ele queria nos dar voz.Assim como acontece com os artistas plásticos,fotógrafos,músicos etc...Eu acredito no caráter funcional da arte também.Por que não? Comtemplativa e reflexiva.Lhe enviarei uns textos autorais amanhã.No mais fique co
1. Daniel Osiecki, crítico literário de Curitiba, me enviou sua incursão na ficção através do livro Abismo. É um livro honesto, ausculta os mecanismos de funcionamento da narrativa curta, marcadamente sombrio como se a mão de um fatalismo à moda de Dostoievski o percorresse. Em uma recente comunicação com o autor, me referi que havia um roqueiro em seus textos pela música incomum dos períodos em algumas narrativas. É uma leitura marcante, pontuada por uma tensão envolvente, mesmo nociva. Se me pedissem uma generalização, apontaria para uma espécie de Crime e Castigo na atmosfera dos textos. Hard Metal ou Black Metal como quiser. 2. O Véu, Luiz Eduardo Matta, outra boa leitura, diversa da descrita acima. Merece ser lido com atenção, porque as alegorias pertinentes ao fazer literário e sua utilidade no mundo contemporâneo estão em voga na maior parte do texto. 3. Cronista de Um Tempo Ruim, Férrez, é catequismo esquerdizante, com uma série de raciocínios que se óbvios, não permitem que no

Saudades

Reescrevi pela manhã parte deste texto já postado aqui. Me deu saudades desta figura. Também me bateu saudade do Alfredo Perneta, compositor de primeira linha; de JOão Ribeiro de Almeida, poeta de mão cheia e do Beto Hippie, cantor e compositor do meu bairro - Pavuna. Amanhã (04/02) estarei na Casa do Saber, a partir das 19: 00 h, conversando com o escritor Antônio Torres, em sua oficina Ritmos do Rio, sobre o meu conto De Um Lugar Escuro, publicado na antologia Prosas Cariocas : Uma Nova Cartografia do Rio de Janeiro, ed. Casa da Palavra. O texto trata do período que esbarrei com o Fraga, em Queimados. Nunca mais nos falamos depois disto. Sobre Antônio Fraga Estação de Queimados. Lugares impróprios para um menor. Definição: pacata e tensa. Bairro Carmorim, chapa quente. Sempre de rolé. Sempre à toa. Minha arma à tiracolo: William Saroyan. Todo carcomido. Presente do Flamínio. Ex - livreiro da livraria Dantes. A mente esvaziada pelas palavras e a fumaça. Bombas explodindo, acend