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Mostrando postagens de março, 2012

A Queda

Os olhos cheios de eletricidade Tanto comovem e tanto castigam; Desdobrados além das idades. Dois profundos precipícios Repletos de intensa claridade, Onde vou caindo caindo e caindo...

Granta!

Comigo não tá. Comigo Não Tá. A minha ambição era estar na revista Granta. Participei com um texto inédito, intitulado Labirinto que pertence ao meu livro de contos A Arte de Afinar o Silêncio que pretendo trazer à luz no segundo semestre desse ano. Entretanto, avaliando o perfil do jurado e as possibilidades de mercado, creio que não estarei na listagem dos vinte autores escolhidos. Isso me acarretará algumas dificuldades, porque a presença na revista me garantiria paz em relação ao assunto publicação, não teria que enfrentar centenas de vezes o mesmo périplo para arranjar uma editora para meus livros. Mesmo que quase todos tenham logrado boas resenhas tanto da parte da imprensa formal (jornais) e da imprensa digital (internet). Comigo não tá. É como em pique - esconde. Eu tenho certeza que estou de fora. O que me despertou a certeza foi observar os catálogos das grandes editoras, ver a quantidade de novos autores, perceber que cada uma delas terá que ter sua fatia e quase nada sobrar

Verbo e Clave

A revista Verbo 21, capitaneada por Lima Trindade, publica meu ensaio Vik Muniz e a Holografia, na edição Ano 12, número 152, março 2012. Nesse ensaio problematizo a criação da obra do artista do Lixo Extraordinário. Quem quiser ler aqui vai o link: http://www.verbo21.com.br/v5/index.php?option=com_content&view=article&id=1147:vik-muniz-e-a-holografia-mariel reis&catid=106:resenhas-e-ensaios-marco-2012&Itemid=140 Ah, estou também na revista Clave Crítica com uma colaboração bem especial, se quiser dar uma passadinha lá também, aqui está o link: http://clavecritica.wordpress.com/2012/03/26/resenha-missiva-sobre-carlos-aa-de-sa-e-fernando-fiorese/

Luto por Chico Anysio

Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho (Maranguape - CE, 12/Abr/1931 .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... .......... 14h:52min Rio de Janeiro, RJ- 23/Mar/2012)

Combinando a Malandragem, de Silvio Coutinho: Gravação do Show/Filme

Gravação do Show/Filme: Combinando a Malandragem, de Silvio Coutinho. Artista/Cantor: Mário Vivas Dia: 26 de março (segunda-feira) Horário: 20h Valor: R$ 15,00 Local: Centro Cultural Carioca – Rua do Teatro, 37 – Centro – Rio de Janeiro – Tel.: 2252-6468/2242-9642 Por que ir: Revelação da novíssima safra de compositores cariocas, Mário Vivas conhece a fundo o métier do samba, compondo com inigualável leveza e suingue. Está em produção o filme Combinando a Malandragem que culminará com a gravação do show homônimo. Contará com o apoio do talentoso grupo Arruda e Guiné e trará canções com diversas parcerias; sendo seis delas com o escritor, poeta, ensaísta e compositor Mariel Reis.

Caminho do Jardim que se Bifurca

Há um grupo de artistas que comunga de uma linguagem escultórica muito próxima, adotam materiais semelhantes e conseguem resultados tão diferentes quanto inovadores. Embora nunca tenham compartilhado uma exposição, creio que já não é sem tempo que se apresentem lado a lado as obras desses criadores: Carlos Tenius, Nicolas Vlavianos e Caciporé Torres. Merecem uma retrospectiva de suas carreiras em grande estilo. Unidos pelo ofício representam um dos mais importantes núcleos da escultura brasileira e dos mais criativos. Na exposição do CCBB/RJ dos designers brasileiros Irmãos Campana, surpreende a presença de uma cadeira inspirada no trabalho de Caciporé Torres, artista que possui diversas esculturas em locais públicos de São Paulo. A cadeira é indicativa da força do imaginário desse escultor que ultrapassa as fronteiras da própria escultura e inspira outros movimentos com sua poética da força. O abstracionismo de Caciporé Torres funda uma mitologia da cidade, do aço, de um Vulcano moder

Sêo Índio

A ligação confirma o almoço com um ídolo do Flamengo. O prato será peixe aos quatro queijos, preparado pelo músico Marko Andrade e temperado pelas mãos hábeis da cantora Namay Mendes. A última recomendação é a descida do metrô na estação Engenheiro Rubens Paiva, Pavuna. É sempre a mesma coisa. Onde será que foi parar Rubens Paiva? Ele ainda não foi encontrado. É um dentre uma centena de presos políticos desaparecidos. O mesmo não se pode dizer do centroavante Índio, ex- atleta do Flamengo e do Corintians, ex- jogador da Seleção Brasileira de Futebol em 54, na Copa da Suíça, aquela que os jornalistas alcunharam como a Copa que ninguém viu. Há um livro raro, escrito a três mãos, por Armando Nogueira, Jô Soares e Roberto Mulayert, sobre o período que vale ser revisitado. Antes de ir para o banho, confiro as tabelas de jogos. E lá está Índio escalado para jogar contra a Hungria. 4 x 2. O Brasil estava fora nas oitavas de final. Separo bermuda, camisa, chinelo. O calor na cidade está infern

Minha preocupação com o Brasil

O meio de campo da seleção brasileira não deve contar mais com Ronaldinho Gaúcho. Os motivos são óbvios, contudo não custa enumerá-los: apatia, passes errados e nenhuma criatividade nas armações. A vez, se Mano Menezes não fosse teimoso, seria de Kaká, meia-atacante no Real Madrid, que se não tem feito partidas impecáveis à altura do futebol que já praticara, conserva aquilo que lhe restou com cuidado, procurando resgatar a si mesmo como jogador. Cava sua nova oportunidade no escrete de Mano Menezes, que se depois da última atuação de Ronaldinho Gaúcho contra a Bósnia não sacar do meio de campo o ídolo flamenguista, podemos dar adeus a qualquer esperança de êxito - mesmo em campeonatos de várzea. Não faltam jogadores brasileiros talentosos que atuam tanto dentro quanto fora do Brasil. Parece-me que a maneira de arranjá-los em campo é que se mostra deficiente, porque não permite que o jogador fique à vontade na posição em que joga. Na seleção alguns jogadores são adaptados a posições em

Vik Muniz e a Holografia

Embora o artista plástico Vik Muniz prossiga angariando público, conquistando espaços de exposição, consolidando sua carreira no país e no exterior, temo que sua obra, composta pelo tal lixo extraordinário, não exista. Os críticos de arte no Brasil teimam em afirmar o contrário. E apontam as fotografias como o produto final de sua laboração artística e justamente esta indicação intriga e desperta - no observador - perguntas pertinentes ao processo engendrado por Vik Muniz – que salvo erro, vem nos enganando e a todo o mercado de arte, produzindo uma obra na qual não podemos pegar, porque prescinde de materialidade. Nenhum fotógrafo, por mais genial, não poderá capturar os elementos que compõem a sua fotografia. Cartier-Bresson não aprisionará aquele homem que quase caminha sobre as águas – espectro de messias citadino, desdobrado em sua imagem e posteriormente mergulhado nela apaixonadamente, um narciso - deus e flor - que a célebre imagem não nos pode dar, mas facultou à nossa imagina