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Mostrando postagens de 2009

A Gravata

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A gravata é um utensílio do vestiário que surgiu no século XVII, sob reinado de Luís XIV para distinguir no batalhão empregado pelo rei os soldados croatas. Estes eram facilmente reconhecíveis porque usavam um grande lenço ao redor do pescoço. A palavra gravata é uma corruptela de croata. O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade referia-se a este símbolo em um dos seus poemas de modo a negativa-lo, classificando-o como uma serpente enrodilhada ao pescoço. Como se o utensílio representasse na sociedade uma identidade de opressão do qual é preciso se livrar para se estar feliz. Tom Zé, compositor baiano, assinala desta maneira sua relação com o penduricalho: "A gravata já me laçou/a gravata já me enforcou/amém/ A gravata já me laçou/a gravata já me enforcou/amém//Um cidadão sem a gravata/é a pior degradação/é uma coroa de lata/é um grande palavrão/é uma dama sem pudor/estripitise moral/é falta de documento/é como sopa sem sal." O compositor carioca Jorge Benjor parece saber b

Feriado Pela Igualdade Social ou Dia de Zumbi?

Neste último feriado, ouvi de um empresário que o Dia da Consciência Negra ou dia de Zumbi, como é mais conhecido, não existia e, portanto, seus funcionários trabalhariam normalmente. Não discuti, lembrei-lhe apenas que seus empregados poderiam estar em seus serviços desde que remunerados como exige a lei com a hora extra que compete em casos de semelhante natureza. O último feriado, o Dia de Zumbi de Palmares, está amparado estadualmente pela Lei nº. 4007/2002, sancionada pela então governadora Benedita da Silva. O comentário do empresário não está destituído de razão, se o encararmos com severidade antropológica, porque não existe racismo na sociedade brasileira nos moldes americanos de até bem pouco tempo atrás. Uma sociedade segmentada que através de manifestações civis conseguiu colocar por terra parte desta vergonhosa história, culminando com a eleição de Barack Obama para presidência dos Estados Unidos. No Brasil, se instituíssem um feriado como o Dia da Liberdade ou Dia da

Vontade de Potência da Libido Heterossexual

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A Playboy de Fernanda Young é objeto de reflexão para a tendência do imaginário masculino massacrado pelas exigências ditadas pela indústria televisiva e pornográfica em que as estrelas destes tipos de produções precisam ser bonecas barbies gostosas e turbinadas, propagadoras de erotismo óbvio e banal, máquinas incansáveis de fabricação do desejo que não podem ser desligadas, escravas da vontade de potência da libido heterossexual que se mercantilizou tanto que não sabemos quais são nossos desejos ou quais são aqueles desenhados por essa indústria. Engolidos pela máquina não podemos achar a patroa gostosa, porque tem pneus e não é a super - mulher, a mulher maravilha dos BBB’s. E acossados por esta fome, despejamos nos puteiros, casas de massagem e afins a ambição de consumir o corpo perfeito, transformando em vício aquilo que antes era virtude, produzindo sofrimento por incorreções que no passado eram detalhes que apimentavam a tara. A busca pelo corpo perfeito acabou com a mulher do

Amor e Ditadura

Carta do leitor Jurandir de Oliveira para o concurso da revista Marie Claire sobre o tema: Encontrei o meu amor de maneira inesperada. Naquele tempo eu era um rapaz sem pretensões. Trabalhava como bancário em uma agência no centro da cidade, torcia pelo América Futebol Clube e tinha preocupações com o país – era o ano de 1972. O Brasil vivia o auge da ditadura. As perseguições eram comuns, o Comando de Caça aos Comunistas agia livremente prendendo e torturando inocentes em busca de informações sobre pessoas que conspiravam contra a segurança nacional; a Rua da Relação mais movimentada que nunca: um entra e saí de camburões carregados de rostos que não se veriam mais para desespero das famílias. Qualquer indício de uma reunião suspeita nos apartamentos era investigado e se constatado de que se tratava de assuntos políticos a complicação aumentava. A cor vermelha proibida expressamente por estar associada aos comunistas, socialistas e grupos afins. Nisto enc

Opinião Sobre Minha Arte Poética

Um jovem poeta brasileiro, radicado no exterior, emitiu o seguinte juízo sobre a minha poesia em Cosmorama: "Seu trabalho apresenta em muitos momentos uma boa formação lírica, com uma dicção cristalina,algo que me lembra uma bela poeta como Henriqueta Lisboa, por exemplo." Agradeço desde já, apesar dele ter declinado à época o convite para fazer o prefácio dos poemas, com delicadeza e honestidade. Por este motivo os poemas abaixo, porque desde que recebi o comentário, me pus a verificar se de fato correspondia a realidade o que o poeta havia afirmado. E para meu espanto, percebi que sim. A postagem dos poemas de Henriqueta Lisboa descentraliza e amplia o leque de vozes poéticas que se restringe sempre aos mesmos nomes: Cecília Meireles, Adélia Prado e Hilda Hilst. Vez por outra uma voz contra-corrente como a de Elisabeth Veiga surge para acabar com o coro dos contentes. Meu muito obrigado ao poeta que se não me pediu sigilo sobre suas palavras e não me proibiu que as divu

3 Poemas de Henriqueta Lisboa*

Noturno Meu pensamento em febre é uma lâmpada acesa a incendiar a noite. Meus desejos irrequietos, à hora em que não há socorro, dançam livres como libélulas em redor do fogo. Publicado: Prisioneira da Noite (1941) Séquito Seguir o rei por toda parte antes que a coroalhe caia Publicado: Reverberações (1976) Expectativa Neste instante em que espero uma palavra decisiva, instante em que de pés e mãos acorrentada estou, em que a maré montante de meu ser se comprime no ouvido à escuta, em que meu coração em carne viva se expõe aos olhos dos abutres num deserto de areia, — o silêncio é um punhal que por um fio se pendura sobre meu ombro esquerdo. E há uma eternidade que nenhum vento sopra neste deserto! (De Prisioneira da Noite, 1941) *Sobre sua poesia, Drummond nos deixou o seguinte testemunho: “Não haverá, em nosso acervo poético, instantes mais altos do que os atingidos por este tímido e esquivo poeta.” Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/hlisbo00.html#bio

O Restaurante

Para Joseane, que me deu o mote para o continho ligeiro. Era horário de almoço. Ligou para pedir um dos pratos do cardápio. Ela estava indecisa. Discou o número telefônico indicado no folheto, a voz do outro lado da linha atendeu: “Em que posso ajudá-la”. Emudeceu por não reconhecer a voz da atendente, sempre ligara para pedir a refeição a mesma hora, não variando nunca, de lá aquela voz saía alegre, jovial e feminina, agora substituída por esta, masculina, imparcial e fria. “Gostaria de pedir um prato, vocês ainda estão entregando?”. Do outro lado, a voz pigarreou, uma tosse leve interrompeu a resposta. Não encontrando meio para responder, sem trair o sigilo e a discrição, não titubeou: “Sim, estamos entregando ainda. O que vai querer”. “Estou entre Frango a passarinha e filé a cavalo”, a mulher, pelo tom, hesitava. O atendente tinha visto muitas coisas na vida, mas aquela lhe parecera a mais absurda: porque as pessoas agiam daquele modo para pedir um serviço tão simples? Ele mesmo,

Congresso de Lágrimas

O velhinho patriota do apartamento 305 estende a bandeira brasileira do lado de fora da janela. Todos os dias ao acordar, eu ouço todo o hino nacional, entoado com respeito e devoção, impressionado pela capacidade da memória do velhinho que não erra uma única frase, nem desafina. Quando o encontro no elevador, ele me diz que na escola cantavam todos os dias, que sua afinação vinha desde garoto, que aquilo tinha se incorporado à sua vida, que a única vez em que ficou impedido de cantar o hino foi no exército, porque era corneteiro, mas quando estava no banho, praticava sem parar, fazia jogos mentais com as estrofes, avançava o ritmo ou mudava o andamento para mais lento, como um bolero. Dizia isso com uma expressão de felicidade nos olhos. Do lado de fora do prédio, víamos a bandeira tremulando. Patrioticamente, ele juntava os calcanhares para ficar o mais ereto que conseguisse e fitava com os olhos o além, prestando continência aquele símbolo que amava mais que tudo. - Quando minha m

Cidadãos de 2ª Classe.

2ª Classe. Cidadãos de segunda classe. Assim definiu o Secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, quando denominou que o conflito que preocupou a todos neste último fim de semana, se deu em uma microrregião. Traficantes do Morro São João invadiram o Morro dos Macacos para tomar bocas de fumo. As drogas ainda dão dinheiro? Com a preferência dos mauricinhos e patricinhas pelas drogas limpas - entenda-se químicas - os usuários de cocaína e maconha ganham,pelo menos no meu entendimento, o status de anacronismos no corpo social. Então, por que a guerra? Os playboys tem self- service para entrega dos entorpecentes em seus apartamentos ou têm amigos que arrendam bocas de fumo para servirem aos companheiros de classe sem que isso implique em risco - como já foi noticiado pela imprensa sobre um jovem da zona sul que arrendou em um morro carioca um ponto de venda de droga. A minha preocupação não está na guerra, porque durante todo tempo em que vivi na Zona Norte do Rio de Janeiro semp

Escritores Imperdíveis

Ariosto Augusto de Oliveira Livros de conto: - Na Mão Grande; - A Noite do Galo Doido; - Comandante Gravata. “O que estarão escrevendo os escritores, hoje? A imprensa lhes dá a cobertura que dava nos anos 70? Não. Não sabemos de quase nada pela imprensa. Nossos cadernos literários estão, com as exceções de praxe, ocupados pelos mesmos minimalistas de sempre. Os bandidos, enquanto isso, trabalham Na Mão Grande – título, aliás, de um dos livros de Ariosto Augusto de Oliveira, um grande e desconhecido escritor paulista que, à semelhança de outros, paulistas e de outros estados, continua ignorado.” Deonísio da Silva Escritor e professor da Universidade Federal de São Carlos, doutor em Letras pela USP. Seus livros mais recentes são o romance Os Guerreiros do Campo e De Onde Vêm as Palavras . Antônio Olavo Pereira Novela: - Contramão “A estréia em livro aconteceria em 1950, com a novela Contramão, laureada no ano anterior com o Prêmio Fábio Prado, um dos mais importantes da época. A obra me

O Rio de Janeiro e as Olimpíadas

O oba-oba das Olimpíadas angariou mais uma adepto: o apresentador e jornalista Ricardo Boechat. Hoje pela manhã, no programa da Band News FM, Ricardo Boechat após comentar o incidente ocorrido na estação de trem de Nilópolis, localizada na Baixada Fluminense, com objetividade e inteligência, cobrando uma ação do governador Sérgio Cabral que acusou os trabalhadores de vandalismo, devido ao quebra-quebra que culminou com o incêndio de uma composição do trem da mesma linha devido ao descaso com o serviço e aos atrasos nos horários estabelecidos pela própria Supervia. Boechat criticou o sistema de transporte público do Rio de Janeiro, teve adesão de ouvintes do programa que enviaram e-mail's para concordar com os problemas apontados pelo jornalista e desancando o Governador que acusou de vandalismo os trabalhadores que ambicionavam somente chegar aos seus trabalhos para cumprir sua jornada diária e voltarem para casa naqueles mesmos trens onde são desrespeitados. Não se pode esquecer

Outra História Sobre Hanisch.

Para Joseane e Aurea Hanisch era um homem jovem. O futuro não lhe passava pela cabeça, a não ser como uma leve sombra, mas sem causar incômodo. Trabalhava em um sítio como jardineiro. O espírito afeito à beleza rendia-lhe elogios, devido ao bom gosto com que mantinha seus canteiros. Não se inquietava com os problemas, então nada lhe turvava o caminho. O sítio em que trabalhava era uma propriedade antiga na vila. A severidade do proprietário era admirada e temida e todos se espantavam porque a natureza cordial do jardineiro nunca havia se chocado com o temperamento agressivo de seu patrão. Todos louvavam a paciência com que o jardineiro se conduzia, desviando-se dos entreveros e sabiamente concordando com aquilo que o destino lhe reservara, mesmo que avaro. O pendor artístico de Hanisch era observado com desprezo pelo proprietário do sítio. Quando seu jardineiro não estava por perto, procurava destruir-lhe o capricho, como se aquilo representasse uma afronta pessoal a ele, como se aquel

Arquétipos Contemporâneos

1. A sociedade contemporânea não pode restringir seus arquétipos somente às emanações do binômio homem e mulher, porque a família contemporânea, alterada por liberdades conquistadas tanto no terreno político quanto sexual, tornaram vulnerável a conceituação enquadrada e resolvida por psicólogos com as cristalizações arquetípicas mais comuns. 2. Santa/Puta - Nos espaços modernos de convivência, podemos ver cada vez mais mulheres exercendo ambos os comportamentos, porque estão em um lugar social flexível, porque as conquistas femininas avançaram, libertando-as para o ambiente onde a sexualidade pode ser liberada sem culpa. 3. Guerreiro/Amante - Nestes mesmos espaços, o homem pode também se modificar, alterando a imagem que antes se possuía dele, porque com os avanços feministas, as mulheres conquistando postos de trabalho e a revolução feminina, o macho alfa, provedor familiar, ficou deslocado, criando uma nova modalidade no topos masculino. Nessa modalidade, estão amalgamado os dois arq

As Minhas Recusas Editoriais

Começarei a publicar aqui minhas cartas de recusa por editoras deste país. Para iniciar, colocarei na íntegra a minha correspondência com o editor da Língua Geral, Eduardo Coelho. A primeira correspondência se refere ao livro John Fante Trabalha no Esquimó, que logo seria publicado pela Editora Cáliban, com o sucesso de crítica que me surpreendeu bastante. “Caro Mariel Reis: Examinamos seus originais. Agradecemos, mais uma vez, o envio dos mesmos. Não há correspondência entre a linguagem dos textos e aquilo sobre o que você narra. Seu universo temático relaciona-se a questões contemporâneas, embora pinceladas por algum ultra-romantismo. Referimo-nos, neste caso, a elementos das narrativas de horror, que aparecem de forma discreta, mas determinante, e principalmente às imagens a que você recorre. Parece-nos, sobretudo, que você precisa modernizar o seu estilo e as imagens com que trabalha. Em relação ao primeiro caso, observe como as frases longas retardam o tempo da sua narrativa, o qu

O Milagre da Multiplicação

Luiz Horácio, escritor gaúcho, tratou de me multiplicar, transferindo a minha presença para dentro de suas histórias. Talvez seja uma forma de compensar a saudade que ambos sentimos, mas, o que certamente me enternece é que de fato, quando somos assim multiplicados, posicionados com as personagens que acompanham um escritor, é notarmos que somos queridos. deixando marca indelevel no interior dos comapnheiros que realmente vêem em nós a expressão do amor, da fraternidade e da verdade. Amigo Horácio, isto é mútuo. Abaixo o link para o conto publicado no Zero Hora (RS) onde tenho anunciada minha primeira aparição ficcional: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2657922.xml&template=3898.dwt&edition=13152&section=1029

Conto Reescrito

A Mensagem * Dedicado a Paulo Lins Marco arremessa a lata para cima da laje. Juninho a joga para outra e Bira a atira para outra quase infinitamente até a lata chegar ao destino. As últimas mãos a pegarem na lata, sempre de leite em pó, a destampa e verificam se o combinado está depositado no interior. Se a coisa está correta, a lata volta a fazer todo a caminho inverso até chegar às mãos do primeiro que a arremessou e dentro dela está o pagamento, quase sempre em dinheiro; outras vezes em favores com indicações de quem deverá fazê-los em bilhetes mal-escritos, com letras cheias de garranchos e erros de ortografia. Mas o premiado não ligava importância a isso. Na segunda-feira a lata chegou um tanto amassada. Dentro dela o bilhete de um informante: "Maurinho, cuidado". Maurinho leu o bilhete e logo telefonou para Marco para saber se o informante ainda estava com ele. Marco respondera que sim. "Coloca ele aí no telefone”. “Fala, Branco”."Fala”."Que porra é essa,

EScrevendo uma Apresentação Inusitada que Nunca Será Usada

As Fúrias e Casa de Máquinas “nem sempre é terrível a música orquestrada das máquinas pesadas”. A tecnologia é a ferramenta usada para estender nossas habilidades. Na mitologia percebemos claramente seu uso para o benefício dos heróis em suas peripécias. O caso mais óbvio desta definição esta em Perseu em sua luta contra a górgona Medusa se utilizando da espada – uma extensão perigosa do braço – e do escudo onde se refletirá a imagem fatal desta petrificadora de homens, quando encarada diretamente. Este escudo servindo para ampliar o sentido da visão do herói, auxiliando-o em sua missão. A tecnologia está presente no livro Casa de Máquinas, de Alexandre Guarnieri, que está ligado diretamente e de algum modo à invenção da cidade e a presença de sua história através da aura destes objetos que contam sobre o homem e seu percurso no espaço urbano: Cidade é a metrópole -- crisálida precária de concreto -- esse dragão atropelado entre os lírios e aneurismas da indústria; sua construção u

Amor:móbile:

Para Aurea Amor: móbile. Estranho pássaro De papel, goma e arame. Gira, insone, Ao redor do quarto. Caleidoscópio Da paisagem, Que a si consome: Inominável. Escondida no sono, Nas dobras do corpo.

Profissão de Fé

Dedicado a Henrique Rodrigues Sou um Quixote destes lados. Vendo a sombra afogada, Nos próprios passos.

Biblioteca Tobias Barreto de Meneses precisa de ajuda

Quando querem ajudar crianças abandonadas, cria-se um zero oitocentos; quando se quer zelar pela proteção de animais abandonados no perímetro urbano, estão lá militando ecologistas; quando se está insatisfeito com políticos corruptos, espicaçados pelo partido de oposição, os estudantes colocam suas forças para derrubá-lo, depô-lo e ganhar as páginas de jornais; quando se quer livrar da violência bairrinhos chiques de qualquer localidade do país, a associação de moradores se une, envia aos jornais protestos, com assinaturas de famosos constando em cada linha; quando se quer preservar a casa de um artista, importante para a consolidação da cultura, pertencente à classe média, atrizes e atores entram em campanha radio-televisiva para sensibilizar as autoridades competentes; quando se acredita oportuno tombar patrimônios como ruas, viadutos, becos e bares, intelectuais se unem para dizer que um dia tomaram ali o seu chope ou toparam com beltrano ou fulano ou daquele lugar se atirou cicrano

Verdade e Maçonaria

Giuliano, Meu Telefone é 8181 – 35... Acompanho seu interesse em ingressar na Maçonaria, vejo seu nome em grupos e comunidades na internet pedindo para ser convidado e venho alertá-lo que a entrada nessa ordem não se dá através de e-mail, carta ou telefone. Somente através do contato pessoal é que o convite é feito. Meu alerta é para um amigo que dividiu comigo a infância e adolescência que desejo que não seja enganado. Porque a internet é repleta de armadilhas. As duas famílias, com reconhecimento, são : o Grande Oriente do Rio de Janeiro - Rua do Lavradio sendo sua sede e a Grande Loja Maçônica do Rio de Janeiro, tendo a sede na Tijuca. Se você receber um convite de uma LOja- local onde se reunem os maçons regulares - que esteja filiada a uma dessas duas entidades, será um convite sério. E o convite tem que ser pessoal, porque um maçom só convida aquele que ele já travou conhecimento, aquele que já foi sondado de alguma maneira e pode ser observado por um bom tempo, não só por el

Cartas a Horácio - Apontamentos Críticos Sobre o Romance Avalovara

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Horácio, 1.Salientar primeiro o conceito de tecnologia. Optei pelo mais elementar, porque a este atende a necessidade. Tecnologia é a ferramentar usada para estender nossas habilidades. A televisão, por exemplo, é a ampliação de um nosso órgão e sentido, permitindo-nos assistir fatos que acontecem em outro país e até mesmo uma corrida de automovéis. 2. Precisando-se isto, apontar o atraso tecnologico com que o país sofre, com a chegada de produtos aqui no terceiro mundo com um delay de no mínimo dez anos. Escolher um exemplo disso. 3. Confronto entre Jogo de Amarelinha, escrito em 1963 com a presença do hipertexto como inovação estrutural, de enredo e de espaço com Avalovara que aterrissa em terras tupiniquis em 1973, portanto com os mesmo 10 anos de atraso. Se em Cortazar os elementos são tratados diretamente, sem a intermediação de simbolos alquimicos ou palindromos, sendo o romance escrito dentro da escola realista sem ter a realidade se intrometido neste para abusá-lo, Osm