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Mostrando postagens de abril, 2011

Sobre Cosmorama

Sobre Cosmorama Embora o livro já tenha uma editora(?), gosto de submetê-lo a poetas de diversos calibres. Alguns contam com minha admiração e os acompanho de perto em suas empreitadas. Dois deles fundadores da editora Éblis, Ronald Augusto e Ronaldo Machado. Abaixo as avaliações de meu livro de poemas. Grato aos dois poetas pela apreciação. Prezado Mariel:Li hoje pela manhã teus poemas de Cosmorama. Não cheguei a falar com o Ronald sobre eles e não sei se ele leu. Mas eu gostei. Creio que será um belo livro de poemas.Particularmente, e te pedindo antecipadamente desculpas, só não gostei do título.Pela Editora Éblis não temos como financiar a edição neste momento, por alguns motivos: primeiro que fazemos sempre livros menores, no máximo umas 32 páginas;depois por que temos dois ou três poetas que faz tempo que queremos publicar e só conseguimos fazer um ou dois livros por ano, por causa da nossa disponibilidade financeira.Por outro lado, temos um selo editorial (Editora Letra1) onde ai

Comentário Sobre o Livro Vida cachorra

Dois dedos de crítica sobre poesia e prosa Acompanhado de Diego Grando, recebo o olhar de Ronald Augusto da Costa , no blog Poesia-Pau, com o link para a postagem logo abaixo: Sem alternativas à Vida cachorra Há pouco fiz uma leitura (farei outras, espero) do livro Vida cachorra de Mariel Reis. O título sugere um autor filiado àquela forma de prosa aderente à tópica da vida-como-ela-é. E inclusive o tratamento dado ao material verbal com que mimetiza a oralidade moldada pela crueldade de certas vidas representadas nos contos, reforça essa sensação de que estamos imersos em definitivo no dédalo dos subúrbios onde a violência já parece ser congenial à geografia humana que aí vive. Assim, o intrincado das vielas e ruas com que essas cenas nos são apresentadas, o enviesado dos trajetos e becos desembocam à flor das falas e dos depoimentos (no sentido da crônica policial) de muitos personagens de Vida cachorra. Resta, então, um “dizer sem melindres”; e a delicadeza fica reservada à parte, p

Resenha Sobre o Livro Vida Cachorra

Resenha de 'vida cachorra', de Mariel Reis vida cachorra, de Mariel Reis. Editora Usina de Letras, 78 páginas. R$ 20,00 Certa crítica, se quiser de fato tornar-se contemporânea, deve reagir contra o distanciamento que cria entre si e as obras, quando paradoxalmente quer aproximar-se das mesmas com seus métodos. Lendo os contos do livro — sem maiúsculas — “vida cachorra”, de Mariel Reis, de imediato percebemos a simplicidade imprópria do método que alguns críticos consagraram à literatura que localizam nos subúrbios ou nas periferias. A análise majoritariamente feita (e malfeita) assevera que essa literatura é mimética. Para tais comentadores, a obra do autor espelha a sua realidade, devendo adequar-se a ela para ter sua fundamentação e embasamento. Uma concepção que, além de mutiladora, é irônica, posto que se uma obra não realiza por si o real, também o real — conclui-se — não poderia engendrá-la como obra sua. Não poderia ser, portanto, a base e o fundamento de sua adequação.

Um poema de Cláudio Alves, vulgo Lasana Lukata

Epifania Ao modo de D.H. Lawrence uma fúria suave de buganvílias oferecendo-se às calçadas por entre as grades das casas pelas tardes de inverno buganvílias de ramos arqueados e retos e passa a menina enamorada e o rapaz lhe põe um cacho no cabelo passa outra menina e se fotografa ao lado delas os meninos as levam para o pique-bandeira: bandeira branca, lilás, salmão, alaranjada... tardes de inverno por que logo hoje para fora das grades esse único ramo de buganvília vermelha reto como uma espada ensangüentada que acabou de sair do meu peito?