Minha Intenção de Voto

Recebi um e-mail simpático sobre as eleições. O meu interlocutor inclinado a votar em Dilma e, portanto, na continuidade do governo no poder, quis saber a minha opinião sobre o debate eleitoral. Não me furtei a dá-las, reproduzi-las aqui seria inútil, reconheci o avanço na área social realizado e outras políticas inclusivas, inegáveis. Pontuei a corrupção, presente em todo o governo, embora se pensasse que um partido de esquerda fosse combatê-la e puni-la. Além de condená-la e alijá-la de suas fileiras. O que se mostrou quimérico. A esquerda brasileira e a direita, igualadas, disputam a corrida presidencial como irmãs siamesas que após difícil operação para separá-las confessam um ódio profundo, disfarce para um amor visceral. Respondi ao leitor que o meu Partido dos Trabalhadores desapareceu: o radicalismo à la Cuba, a honestidade constrangedora e a militância pontual cederam espaço para valores discutíveis, dito assim para ser elegante. E,hoje, o PT poderia ser PSTB como o é o PSDB ou algo do tipo. Meu voto, esclareci, no primeiro turno será de Marina e Eduardo Campos, nessa ordem. Achei inteligente a manobra da associação e a zebra pode vir dessa dobradinha. Lula, raposa política, mostra-se preocupado e tenta aproximar a imagem de Eduardo Campos à de Collor, em uma estratégia covarde. No segundo turno, minhas convicções podem se alterar conforme a configuração das coligações; não creio que abandonarei meu norte político de moralização real e não me seduzirei pelo pessimismo instalado, obstaculizando a mudança: de que todos são iguais. É certo que agora uns são mais iguais que os outros – o que é o agora, pode não ser o depois. Meu leitor, aqui, publicamente, está minha intenção de voto, aberta a todos que a quiserem examinar. 

Comentários

Unknown disse…
Não imaginava que o senhor fosse apegado aos assuntos sobrenaturais. E quanto as eleições no Estado do Rio de Janeiro? Eu acredito que será eleito o que tiver menor rejeição. Páreo duríssimo.

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