Monitoração?

A MONITORAÇÃO AMERICANA do blogue é frequente. A tradução em números supera em até oito vezes a presença de leitores brasileiros. O meu desleixo por não monitorá-los através de um programa gratuito do Google é resultado de uma inconsequência por suspeitar de que se tratam apenas de brasileiros radicados no exterior e não um complô contra um escritor que se volta para as discussões de seu país, com moderação e bom senso. Outras vezes, apesar do desbloqueio para os comentários, assustado, penso em espionagem. As palavras chaves ligadas à política vinculam-se às minhas narrativas e às ideias debatidas em textos curtos e incisivos podem despertar a desconfiança de que me alinho – politicamente – a um lado ou outro, radicalmente. O que não é verdade. Sou um homem ligado, essencialmente, à liberdade. Não sou uma natureza afeita a partidarismos ou ideologias, embora, por isso, sinta-me solitário. A liberdade,hoje, está atrelada a plataformas políticas, mesmo tendo uma existência anterior a elas. E é vista como válida apenas por uma dessas perspectivas, não como uma entidade pura – o que ela é ou deveria ser. A hipótese de brasileiros no exterior como leitores do blogue, é plausível. Só esbarra em um problema: como o descobriram? A divulgação da página é mínima, consta em poucos lugares e atrai pouca atenção sobre si, apesar do título controverso. Então, resta a pergunta, como podem existir tantos leitores na América do Norte, se não há reclame do blogue e não gozo de fama nem mesmo em meu país? A única possibilidade é
o monitoramento. Não há outra verdade. Agora mesmo há nos Estados Unidos  pelo menos duas pessoas observando ou lendo as postagens realizadas nesse espaço. Coincidência?  

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