O stalinismo não pede desculpas
O
núcleo petista e Dilma são stalinistas. A admissão de erros na
condução política do país é uma atitude, para eles, impensável.
Kruschev, ex-líder da extinta União Soviética, para apagar sua
inexpressividade política, resolveu chocar o mundo revelando as
ações de Stálin, antes um companheiro impoluto. A maioria dos
comentaristas políticos iludidos creem em uma autocrítica do Partido dos Trabalhadores – se ela for realizada terá os moldes da
praticada por Fidel Castro exposta no livro Autocrítica, isto é,
sem nenhuma descida ao inferno ou alusão aos problemas estruturais
de pouco mais de uma década de poder. O stalinismo não pede
desculpas. Mesmo contra todas as evidências, permanece impávido;
embora com muitas rachaduras no colosso com pés de barro que se
desfazem rapidamente. O sucessor da atual presidente, além da
promoção de um novo alinhamento econômico junto ao progresso do
país, enfrentará o passado sombrio de uma administração engessada
pela burocracia e o inchaço estatal. A coalizão em torno de seu
governo deverá fortalecê-lo para apuração de crimes contra a
administração pública, promovendo a punição dos responsáveis. E
se lhe sobrar algum tempo, após as correções das imposturas da
administração anterior, poderá se inscrever na História como
Kruschev, o vingador insuspeito – porém repleto de culpa. Restando
saber se da vergonha dos crimes stalinistas ou de uma secreta inveja
do antigo camarada.
Comentários