Para Aurea, Sempre

A carne

Antes da aurora
Dissolver a tua carne,
Desfiar teu corpo de figo
Deixai-me colher no tempo
O ramo do teu sorriso.

Antes da palavra
Colher teu silêncio,
Da terra dividir teu perfume
Deixai-me podar parte do teu lume.

Antes do mar
Amadurecer os teus barcos,
A natureza fatigada dobrar o rio
Deixai-me com a terra o teu ardor úmido.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O caso Alexandre Soares Silva

Iberê

Duas Palavras