Talento é Genético?
“Sim, você poderá vir a ser um grande escritor. Mas não depende só de você, é claro, ou de sua vontade. O talento é genético.”
O neurologista Nuno Lobo Antunes, em determinada entrevista, veiculada em uma revista médica especializada portuguesa, afirma: o talento é genético e hereditário, podemos treinar – físico e cérebro – mas existem limites em relação ao que podemos modificar e até onde podemos evoluir.
Os argumentos presentes na entrevista deste neurologista surgiram recentemente na opinião de um crítico literário a respeito de minha obra, e, está expresso na frase inicial desse texto, onde vaticina que não depende só de mim, ou da minha vontade, mas que se eu não carregar em meus genes a codificação necessária para me tornar um escritor – todo meu esforço resultará inútil.
Este tipo de argumentação, baseado em determinismos biológicos, deveria estar banido das alegações médicas; não deveria freqüentar os círculos sociais nem como piada, porque reforça idéias que no passado serviram para criar campos de concentração e outros horrores. E, ideologicamente, serve para dizer que o filho de um pedreiro não deve obedecer ao desejo de se tornar um arquiteto, porque não estará apto, devido ao talento que não lhe fora passado por seus genitores.
As questões biológicas não devem servir como medidas para avaliação de nenhum tipo de circunstância, porque os efeitos destas atitudes já foram experimentados pela humanidade. A vontade do homem deve estar no centro daquilo que ele deseja fazer; e, com os meios materiais de que dispõe possibilitar a realização do que almeja.
O neurologista Nuno Lobo Antunes, em determinada entrevista, veiculada em uma revista médica especializada portuguesa, afirma: o talento é genético e hereditário, podemos treinar – físico e cérebro – mas existem limites em relação ao que podemos modificar e até onde podemos evoluir.
Os argumentos presentes na entrevista deste neurologista surgiram recentemente na opinião de um crítico literário a respeito de minha obra, e, está expresso na frase inicial desse texto, onde vaticina que não depende só de mim, ou da minha vontade, mas que se eu não carregar em meus genes a codificação necessária para me tornar um escritor – todo meu esforço resultará inútil.
Este tipo de argumentação, baseado em determinismos biológicos, deveria estar banido das alegações médicas; não deveria freqüentar os círculos sociais nem como piada, porque reforça idéias que no passado serviram para criar campos de concentração e outros horrores. E, ideologicamente, serve para dizer que o filho de um pedreiro não deve obedecer ao desejo de se tornar um arquiteto, porque não estará apto, devido ao talento que não lhe fora passado por seus genitores.
As questões biológicas não devem servir como medidas para avaliação de nenhum tipo de circunstância, porque os efeitos destas atitudes já foram experimentados pela humanidade. A vontade do homem deve estar no centro daquilo que ele deseja fazer; e, com os meios materiais de que dispõe possibilitar a realização do que almeja.
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