Marina Silva ou Dilma? Eis a questão...

A minha decisão de voto em Marina Silva sofreu uma reavaliação.  As associações para governabilidade me parecem mais nocivas do que as de Lula, no primeiro mandato. Os integrantes da nova equipe econômica parecem saídos de conselho executivo de banco privado e Dilma, em recente discussão sobre banqueiros, admitiu não  ter  nada contra o lucro das instituições bancárias, mas não as quer ditando a política econômica ou metida no Banco Central. Asseverou que a autonomia do Banco Central, ponto estratégico para qualquer governo, é prejudicial e indesejada para a economia do país. Marina Silva propõe a autonomia do BC, isto é,  entregá-lo, de uma vez, aos seus donos de fato, sem intermediação  do governo, sem a ilusão de controle. É um outro modelo de gestão: arriscado, transparente e corajoso. Sem liberalismo meia-boca. Podemos permitir que Dilma prossiga, com a ilusão do controle econômico, sem intervenção real sobre os mecanismos de juros e da balança comercial. A transparência ou a ilusão de controle? É difícil uma resposta. Os bancos lucraram muito tanto no governo Lula quanto no de Dilma, parecem pouco incomodados com o rumo político, porque,  por qualquer perspectiva que examinem, são favorecidos, seja direta ou indiretamente. No entanto, Neca Setúbal e Eduardo Gianotti acenam com ventos ainda menos favoráveis. E a minha esperança de casa própria,  mesmo com  economias guardados, mesmo sendo funcionário público federal, tanto com Dilma quanto com Marina Silva, permanece distante. 

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