Um Cronista Perdido Na Paranóia de Uma Nova Guerra Fria

Quando José Dirceu pensou o mensalão, tinha em mente quarenta anos de governo para o Partido dos Trabalhadores. Com a denúncia de Roberto Jefferson todo o plano teve que ser mudado e adaptado às novas circunstâncias, inclusive contando com a ignorância consentida do mandatário da república: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O planejamento juntamente com o levante de republiquetas da América Latina é uma especulação para a tomada do mercado pela China, única remanescente comunista, que se moderniza para atender as exigências de atualização para se inserir no mercado para depois arrebatá-lo do seu maior rival : os Estados Unidos da América, de Barack Obama.

Com a virada de mesa, para isto se especulava meio século, como alguns economistas afirmam, obrigaria tanto a Europa quanto aos demais países que mantivessem relações comerciais com a potência chinesa a um realinhamento que beneficiaria o séquito do comunismo terceiro-mundista. E aí chegaria a hora de uma renegociação das relações exteriores, um maior enrijecimento do Estado e outras atrocidades geradas pelo revanchismo.

Os petistas já cumpriram mais de um quarto do tempo pretendido por José Dirceu e não tardará cumprir o restante. Mesmo votando em Dilma, desgostoso, eu não compactuo com as intenções nefastas aventadas pelas possibilidades de um alinhamento de países com direcionamento de esquerda para ressuscitar um monstro banido da história pelas mesmas excentricidades que fizeram do capitalismo uma praga de igual nocividade. Se no comunismo o Estado intervém em todo o âmbito de relações; o mercado se posiciona de mesma maneira, impingindo suas regras. Não havendo espaço para o individuo e sua consciência crítica.

Os Evos e Hugos sonham com a virada de mesa para ressuscitarem fantasmas como Fidel Castro, para validarem políticas perigosas e populistas, evitando a alternância de poder, enfraquecendo a noção da democracia. No Brasil, mesmo sendo a opção melhor, Dilma está metida até o pescoço com a militância que quer resolver os problemas sociais e econômicos da população e do país com práticas possivelmente anti-democráticas.

Não acredito que caberá a Dilma o papel de condução do país ao estado apontado acima, alinhado aos países com tendências de esquerda, formando com países asiáticos e europeus um bloco anti-americano, capitaneados pela China. Para aqueles que duvidarem, veja a BRICS. Reflitam detidamente em seus projetos. E como o desenho ambicionado pelo Sr. José Dirceu está se concretizando sem a mínima denúncia da oposição que não aponta claramente qual o verdadeiro projeto do partido dos trabalhadores.

Sou a favor da erradicação da miséria, da fome e do analfabetismo. Creio que a democracia seja o melhor caminho para o Brasil. Não desejo a demagogia da esquerda, nem da direita. Não quero para o meu país um regime de exceção seja ele de que ideologia for, porque, ao final seviciadas as máquinas públicas, dobrados os homens de bem, silenciados os heróis, não vale a pena pagar determinados privilégios com a extinção ou supressão da liberdade.

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