Trecho do Conto de André Ferraz Para Uma Certa Antologia...

O herói do dia

“O garoto reconhecia nos dois amigos uma nova forma de bem-aventurança. Os vagabundos iluminados da Pavuna reuniam-se periodicamente na Praça Copérnico, lendo alguns tantos de Jabor, outros tantos de Cony e mais tantos que a cabeça não conseguiria selecionar numa estante. Um dia surgiu o convite.

__Vamos lá em casa para te mostrar umas músicas minhas! Vínhamos pela Rua Netuno até o colégio Telêmaco conversando sobre filosofia e questões similares. Minha mente sempre acelerada, porém com uma memória privilegiada, faziam-me procurar entender o mundo deles! O que evitava julgamentos precipitados. Um, romântico; duma nobreza medieval, quase um paladino e o outro, uma figura, que parecia não pertencer a nada terreno!
Fui então com o extraterreno até sua casa habitada por alguns visitantes – ratos - como chamava...
Nessa época aprendi a ser homem, saia da adolescência e procurava um sentido para minha vida. Escolhi cursar Letras e escrever algo que me dignificasse!”

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