Escritor André Ferraz Presenteia o Cativeiro com sua Ficção

O texto abaixo, pertence ao escritor André Ferraz, que mostra competência nesta observação repleta de suingue e malícia sobre uma fatia da realidade. A leitura é um presente, porque com sacações poéticas e senso de observação incomum, revela-nos a sensualidade que as palavras, quando bem arranjadas, podem expressar. Ah, é ficção, gente.


Lucinete é uma brasa

Lucinete têm lábios grossos, desses como arame farpado. Sempre com seu cigarro que realçava a boca escandalosa. Uma normalista de saia justinha e batom carmim.

Eu como bom malandro perseguia o beijo daquela boca, mas ela era danada. Fazia cara de quem não liga pra caras como eu cercado de livros e rosto vermelho, quando ela olhava debochada! LUCINETE centelha e cometa abastado com calda grande... morena que dá volta até no diabo, puxando o rabo e dando nó no tridente. Morena lunática, morena jambo como doce de leite.

Eu havia visto essa morena fumando no intervalo das aulas. Eu professor e macho de uma macheza delicada queria lamber aquela boca. Vestir as mãos nas suas coxas!
Então aproximei-me e deixei Lucinete se engraçar.
__ Aí professor vai um trago?
Era a chance de ter aquela boca pelo filtro do cigarro, então disse: __ Eu dou um trago no seu! Então ela depois do trago aproximou a boca e deixou que soltasse a fumaça na sua boca me pegando pelas mãos. Dizendo: __Eu adoro um olho claro!
Eu rubro apertei aquela bunda através da saia. Falei: __ Vem pra minha aula?
E foi ela que me ensinou a amar; nova e desinteressada! O beijo dos lábios de uma cigarro Paraguaio que traguei da sua boca. LUCINETE, linda e caramelo pra tirar a amargura dessa vida.

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