Dia das Crianças


O jornal Opção estampa escritores escrevendo contos com seus filhos. Nele estão  Alessandro Garcia e João. É uma felicidade. Lembro-me de nosso almoço na Mercearia, em São Paulo. E a fotografia do petiz em meu colo.

Em conversa com Camila Constantino revelo minha vontade em trafegar pelo shopping em motos de pelúcia alugadas às crianças para um curto trajeto. E pergunto a ela o que gostaria de ganhar no Dia das Crianças. Talvez pelo horário, duas da matina, ela o confunda com o Natal, porque diz que é uma menina que não merece presentes.

Acompanho o blogue de Anderson Fonseca sobre o desenvolvimento de Ana. Misturados ali afeto e curiosidade científica - ambos prosseguem confundidos em amor.

Estou no metrô com minha filha. Vejo sua beleza e juventude. Ainda aos doze anos. E olho a nesga de céu insinuada entre os prédios. Dizem que entre as nuvens está um lugar em que Deus tudo observa. Investigo para flagrá-lo antes que seu Olhar me fulmine. E o instante em que acaricio a basta cabeleira dela acabe. Poderia não terminar nunca.

Estou sozinho em um barreiro na infância. Nele as crianças costumavam deitar-se e rolar até o final. E vermelhos parecer marcianos. Mesmo sem nunca ter rolado ali eu era um extraterrestre e se me jogasse o processo poderia ser revertido - e ao término, sujo de uma matéria desconhecida, que não o barro, acabaria humano. Me atirei. E rolo por lá até hoje.

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