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Mostrando postagens de março, 2011

Terras Portuguesas

http://www.revista365.com/ http://365revista.blogspot.com/ Revista 365 # 32, impressa e virtual. Estou publicado nela desde Dez/2010. O conto Embrulho, primeira versão E só agora descobri. Águas portuguesas. Muito obrigado aos editores Fernando Alvim e António Gregório.

Contracapa do Livro de Viddal de Souza

O livro Desenrolo é um punhado de histórias que vai levar o leitor à lona. O Manual de Boas Maneiras para Meninas, de Pierre Louys, encontra-se na novela de “Mãe para Filha” em que o tom mordaz, sarcástico e ácido modula as ações das personagens. A matreirice à espreita no conto-título deste volume faz nos perguntar ao final da leitura: “Tem desenrolo?”. A vida páginas afora afirma que sim. Mas qual o preço? Este pode ser medido, pesado e tarifado ao longo dos contos da valente ficção que se dispõe nesse livro. Mariel Reis

Resenha Sobre o Livro Vida Cachorra

O latido da prosa A literatura contemporânea é cheia de trocadilhos e peças pregadas. Talvez sempre tenha sido assim ao longo da história. Mas é neste bojo que me encontro. É neste mar que pesco, é onde vejo e leio os parcos livros que consigo obter, entre uma luta e outra para garantir o pão. Foi assim que me chegou às mãos um pequeno exemplar de maldades cotidianas, o livro Vida cachorra (Usina de Letras, 2011, 78 páginas), do carioca mariel reis (tal como assina o autor). É uma bela peça. Um livro que imprime a marca da marginalidade, a voz dos esquecidos, a miséria sem grandeza, a confissão ordinária dos malditos. São 12 contos forjados numa linguagem seca e rápida. Em alguns casos, os contos estão carregados de cinema e rap que convidam o leitor a uma espécie de dança ‘fenomelopaica’, como no que abre a coletânea, Absolvição. Aqui o narrador depõe seu crime a um suposto delegado. Seduziu a enteada, ainda garota. Ao flagrar a filha com o marido, a mãe se desesperou e os esfaqueou,

Sobre A Arte de Afinar o Silêncio

João Carlos Rodrigues comenta sobre meu livro inédito A Arte de Afinar o Silêncio em entrevista ao site de literatura Verbo 21 ( http://www.verbo21.com.br ). LT – Aprecia a literatura brasileira contemporânea? Percebe alguma tendência predominante que a distingua? JCR – Acompanho pouco. Me parece que há uma predominância de narrativas na primeira pessoa, que tem ou procuram imitar, um linguajar da periferia social. Outras de suas características são o ressentimento e o revanchismo. Uma espécie de literatura-vômito. Alguns são interessantes, mas é uma onda que vai passar, deixando suas contribuições. A maioria, porém, parece comício. Mas, pra não dizer que não falei de flores, recentemente li e gostei de “A arte de afinar o silêncio” do Mariel Reis, um grupo de ficções agrupadas como a programação de um canal de TV. Ainda inédito. http://www.verbo21.com.br/v5/index.php?option=com_content&view=article&id=77:joao-carlos-rodrigues&catid=49:entrevista-fevereiro-2011&Itemid=

Comunicações com Grandes Escritores

Prezado MARIEL, Só ontem pude ler com calma seus 3 contos. Se você ainda não tem livros publicados, creio que já está na hora de editar. Pelo menos, por esses três trabalhos, não tive dúvidas de que você é um escritor que domina a narrativa. Nesse "Um conto sobre a inveja" , você utilizou com todo talento de sua capacidade de fabulação, realizando um diálogo com os mestres Machado de Assis e Lima Barreto por meio do delírio de um personagem. Já em "O erotômano imperfeito" e "A gorda" , você ousa na linguagem e na temática ao abordar o erotismo e sexo pago com garota de programa, relatos pungentes sobre relações e dissoluções encontradiços na vida contemporânea. Vejo ainda nesses contos que você transita tanto pela linguagem convencional quanto por uma narrativa mais densa e tensa, em que está presente, no plano formal, uma linguagem mais fragmentária, impulsionada por uma atmosfera mais tensa e claustrofóbica. Sugiro a você participar de concursos literár

Cópia Fiel

Um amigo recentemente chegou da Europa. Encomendei-lhe vários livros. Solícito, não deixou de me atender. Procurando dividir sua experiência em terra estrangeira, me sugeriu que o Museu do Louvre está repleto de tesouros e não pode ser posto de lado em uma programação turística nas plagas francesas. Conversávamos soltamente quando o coloquei a par de uma teoria minha, desenvolvida ao longo dos anos, tendo como base o mercado de arte brasileiro, do qual sou profissional. E pelas observações que me propiciam, ao lidar com todo o tipo de suporte em que são executadas as pinturas, principal objeto de explanação em nosso diálogo. O Museu do Louvre, meu caro, disse a ele, tem lá seus méritos. Mas algumas obras não estão mais lá. O que vemos são espectros daquilo que foram quando realizadas pelo artista. O mais são interferências de mãos de tantas nacionalidades dos restauradores que não adivinhamos qual pincelada pertence a quem, se ao pintor ou àquele que auxiliou para que o trabalho chegas

Violência

No caixa do supermercado Guanabara um diálogo improvável se trava à minha frente. Duas jovens conversam com um rapaz de trejeitos efeminados. Ele confessa que precisa arranjar um namorado e irá a uma boate conhecida para isso. Apoiado pelas duas jovens, que não encontram inconveniente nisso, alertam-no somente para o risco de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive, a AIDS. Ele não se faz de rogado. Apalpa um dos bolsos da calça e retira de lá a embalagem de preservativo. Passam as compras, pagam com o cartão, ensacam e seguem juntos para o lado de fora do mercado. Na minha frente, restam outras duas mulheres que entre si trocam mexericos, enquanto são atendidas pela caixa que se intromete: - Um homem bonito daqueles, veado! Um desperdício. Eu tenho um amigo gay, ele é tão fofinho. Meu marido nem desconfia. Um dia eu esfreguei aquilo na cara dele. E nada. As mulheres riram. Pagaram as compras e também se foram. Na minha vez, a caixa tentou dar prosseguimento ao assunto, emendando

Vamos adotar a Rádio Poesia Mix

Conversei com Marcelo Girard que se utiliza de recursos próprios para manter no ar a Rádio Poesia Mix. Sugeri que vendessemos assinaturas para a manutenção dela a poetas cariocas e, quiçá, de todo o Brasil. Essa assinatura terá um valor anual que estipularemos em um encontro que em breve acontecerá nas boas ruas de Campo Grande. É um projeto ótimo e Marcelo Girard quer retomar as gravações de poemas de poetas representativos de nova literatura por eles mesmos por um valor módico para o projeto não párar. Qualquer interesse, favor me contatar que darei maiores detalhes. Por favor, escreva para: marielreis@ig.com.br Não só poetas podem se integrar à adoção. Você que deseja contribuir de algum modo, também pode.

Poesia Mix, Marcelo Girard

Marcelo Girard tem uma rádio de poesia. Lá o poema toca. Ontem me pediu um trabalho para postar em sua página. http://www.poesiamix.com/ A qualidade me impressionou. Marcelo Girard enuncia como ninguém um poema. É uma pena que eu não disponha de capital suficiente para gravar todo o Cosmorama e oeferecê-lo a minha amada imortal Aurea. Marcelo, meu amigo, meu muito obrigado.

Mais Uma Nota Sobre o Livro Vida Cachorra

"Vida Cachorra" me segurou do primeiro ao derradeiro conto. Foi uma intensa experiência resgatada em antigas leituras, como quando fui apresentada à literatura de Dalton Trevisan, aliás, essa comparação é praticamente inevitável e não é desmerito algum para Mariel Reis, ao contrário, nos lembramos do autor de "O Vampiro de Curitiba" pela proximidade de seus universos temáticos e não por uma suposta forte influência do mestre curitibano da narrativa curta. Mariel Reis domina a escrita em primeira pessoa e nos mergulha nos relatos confessionais de seus personagens, onde a inquestionável realidade nos envolve em crimes e histórias onde não se há mais nada a fazer a não ser conformar-se com a realidade da vida que mesmo cachorra, é vivida... O conjunto de doze contos, cuidadosamente escolhidos, trazem uma unidade de estilo e tensão que se confirmam ao longo de todo o livro. Em momento algum a narrativa nos dá uma folga para respirar. Mariel Reis não perdoa, nos coloca c

Whisner Fraga Comenta Vida Cachorra

Vida cachorra Mariel Reis. Pegue um Rubem Fonseca, adicione um Dalton Trevisan, misture com um pouco dos contemporâneos – Marcelino Freire, João Carrascoza, Nelson de Oliveira, uma pitada de um filósofo aqui, outro acolá e pronto: Vida cachorra. O livro é um petardo, é violência em estado latente. E quando imaginamos que, já já, pode pingar uma gota de sangue dos contos, nos deparamos com o lirismo. Quem imaginava que poderia haver algo de humano nessas narrativas? Mas há. Aliás, só há. Mariel se lambuza de humanidade, chafurda no pior de nós, vasculha nossa monstruosa capacidade de devastação. Não vou fazer uma resenha da obra (um blog talvez não seja espaço para isso e já não escrevo mais ensaios), só vou recomendar a leitura. O Mariel manda bem. E vai longe. Publicado em 11/03/2011 de 13:41 e arquivado sobre Literatura com as tags Mariel Reis, Vida cachorra, Carrascoza. Você pode acompanhar qualquer resposta por meio do RSS 2.0 feed. Você pode deixar uma resposta, ou trackback do se

Mini-entrevista concedida a Simone Magno da Rádio CBN Para a Coluna Tempo de Letras

Simone Magno milita nas ondas de rádio e mantém um blog intitulado Tempo de Letras. Espero que gostem. http://colunas.cbn.globoradio.globo.com/platb/tempodeletras/2011/03/10/os-favoritos-de-mariel-reis/

Clássicos Contemporâneos

Quando conheci a prosa de Fraga através do livro Coreografia dos Danados, apresentado por Deonisio Silva como uma revelação, já sabia que se tratava de um clássico contemporâneo. Comuniquei isso ao autor com prazer e agora recomendo. Poderia alinhá-lo a prosadores do porte de Dyonélio Machado e a melhor prosa de Antônio Torres, por ex.: Carta ao Bispo. Outros dois também incluídos nessa galeria de eternos. ABISMO POENTE WHISNER FRAGA "Li há pouco tempo o Abismo poente e me impressionei com o vigor da linguagem. Ou melhor, com o efeito da linguagem, que me pareceu uma prosa muito poética, dilacerante e, ao mesmo tempo, com um grande poder de convencimento. Influências não são maléficas, e sim necessárias, sobretudo quando um autor encontra uma voz própria, como é o seu caso. No conto que me enviou, bem como nesse relato, percebi algo da prosa de Raduan, mas num tom que é seu, como deve ser o estilo de cada narrador de ficção." Fonte: http://www.gatosabido.com.br/ebook-down

Resenha sobre livro Vida Cachorra

Sobre a obra Vida Cachorra de Mariel Reis 07/03/11 O que é um bom conto? Está é uma questão que me intriga, e que deveras, considero necessária mediante a situação atual de nossa literatura universal, onde o romance é ícone do fracasso intelectual e cultural, o conto, em sua noção de limite, é o melhor meio que vejo para o exercício intelectual e estético de reflexão sobre a sociedade contemporânea, e, em si, a condição humana. Refletir sobre o conto é algo de que me ocupo, e encontrar bons contistas, assim como bons poetas, é uma raridade preciosa. Por isto, ler os contos do escritor e amigo Mariel Reis me causam muita alegria. Recentemente li sua pequena obra intitulada Vida Cachorra, e não me permito esquecer que tive o prazer de ler os originais antes de publicado. É um livro densamente equilibrado, tematicamente bem elaborado, e, segundo a linguagem do conto, perfeito. Talvez o termo perfeito seja um valor muito alto a ser atribuído a um livro e, porque não, presunçoso. No entanto

Ao Modo de... Marcelino Freire

Ao modo de... explorará contos construídos à risca ou quase de escritores renomados brasileiros. Dessa vez Marcelino Freire, vencedor do Jabuti. I Ela está descabelada. Cinderela tresloucada das madrugadas. Sobe a escadaria dos apartamentos. Aperta o interfone. Diz o nome. São quantos? Quem paga? Interroga. Sábia empresária de si mesma. Ao terminar, toma um banho. Enxuga-se com a toalha, mortalha dos próprios sonhos. Recebe o dinheiro calada. Toca para o ponto de ônibus. Moradora da Baixada. Repleta de remorso e sono. Desgrenhada. As marcas no corpo. A fome de lobo. A boca do lixo. Os rapazes escrotos lhe perseguindo. Torce para chegar logo em casa. A mãe asmática. Simpatia, chá e nebulização. Ajoelha-se para o santo de devoção. Liga a televisão. Tiroteio, corrupção. É só o que são as notícias? Um ramo para Luísa. Prima. Exatamente como ela. Presente do namorado. Intelectual, esquerdista e frustrado. Apressado para os finalmente prometeu noivado. Não tem nem onde morrer, coitado. Namo

Primeira resenha sobre o Livro VIDA CACHORRA

VIDA CACHORRA Por que vida cachorra? Por que não "vida de cachorro", que é o que se usava para designar uma vida perdida, de fome, de abandono e solidão? De ataques perversos, às vezes, sem razão aparente. Vida de quem anda na rua, sem lugar certo, sem saber de amanhã. É que os tempos mudaram muito. A vida de cachorro agora é luxo. Já a vida cachorra significa ainda menos, que ela foi rebaixada para o gênero feminino, onde se destaca mais o que é viver com a força do nada, pensando em coisas que não são próprias, deixando-se levar apenas pelos acontecimentos, que é o que acontece hoje com as mulheres. As cachorronas aceitam seu papel. Não o discutem e vão até as últimas consequências. Mas um dia a casa cai : incesto, aborto, despejo, expulsão, alcoolismo, prostituição - a tragédia usual de milhões de janaínas, suelis, e suellens. Os homens também sofrem, os pobres homens pobres. Uns são jogadores de futebol. Elas são as mulheresquequeremcasarcomumjogadordefutebol. Tudo isso é

Agradecimentos

Meu muito obrigado a todos que estiveram em meu lançamento ontem (02/03) na Livraria da Travessa de Ipanema. Retribuo com afeto e consideração a todos os que se esforçaram para prestigiar o evento.