Videoarte

A performance de Nando Moura atingiu muitas pessoas e levou todas à crença da incineração em uma lareira de centenas de páginas. Ninguém levantou a hipótese de simulacro do ato, tudo foi avaliado moralmente com justificativas tanto para a destruição quanto para a preservação.

Quando compartilhei a postagem de Josias Teófilo com o print de um frame do vídeo, com uma frase de efeito, observei primeiro a reação emocional do cineasta (profissional da imagem?) capturado em uma possível armadilha, considerando a hipótese da performance pelos detalhes e o próprio vídeo.

Olavo de Carvalho não mostrou independência na análise do vídeo. Foi detido pela carga emocional narcisista desse trabalho de homenagem mais passional do que o filme em que é o protagonista. Talvez não tenha recebido um bilhete de amor tão desesperado na vida.

A repercussão do gesto de Nando Moura em outros comentaristas, aparentemente, capazes da compreensão da falsa literalidade do ato, mostra uma ingenuidade e uma fragilidade na observação da realidade, principalmente dos marcos utilizados para condicioná-la.


Tenha cuidado, leitor.

Comentários

Beto Queiroz disse…
Quem é Nando Moura. A que vídeo se refere, Mariel?

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