Evento Histórico petista
Lula,
ex-presidente, afirmou possuir um exército. João Pedro Stédile,
líder dos MST, vigilante, é um ministro da defesa extraoficial. A
notícia de reconexão do Partido dos Trabalhadores às suas bases
com o sacrifício do governo Dilma para a volta de Lula, em 2018, às
custas de um evento histórico reacendem a suspeita de uma
socialização do país sem consulta aos principais interessados,
isto é, a população. A timidez do assalto acerta passo com a
indefinição incômoda sentida tanto pelas elites da esquerda quanto
pela resistência, seja ela de onde for. A elite da esquerda se
exaspera por ver o tempo escoar sem a resposta histórica aos
anos de dominação estrangeira e exploração oligárquica,além do
revanchismo contra nem tão recente ditadura, subvertendo o acordo de
anistiamento realizado, como insinuado na Comissão da Verdade. A
resistência – a denominação agrega os opositores sem uma
definição política clássica, excluindo-se dela os adeptos de nova
intervenção militar – sem projeto político definido, refém
apenas de uma insatisfação crescente e verdadeira, realiza
protestos sem uma cartilha de ação, com o perigo da absorção por
entidades nocivas, quer a liberdade, mas não terá forças para
conservá-la se as forças obscurantistas da esquerda extrema ou da
direita promoverem o assalto; tornando-se cúmplices – a
contragosto – de um ou de outro projeto, sem importar o resultado
do jogo. O evento histórico do qual os integrantes do Partido dos
Trabalhadores falam pode ser as pífias passeatas governamentais, sem
mais efeito ou um atentado a democracia ou mais um atentado da Rua
Toneleros do qual o proveito maior se dará às forças em questão
que disputam o país. A democracia nunca pareceu tão sólida, nem
tão volátil.
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