Escuta, vamos fazer um contrato*...
‘Existem críticos honestos? Sim. Nesse instante abro um suplemento cultural em que um crítico fala mal de um romance. Imediatamente acode-me a pergunta: qual será o preço dessa independência? Mulher, ele deve ter; carro, também; todos os apetrechos tecnológicos, também; uma editora, se for um escritor, também. A minha conclusão é a seguinte: deve ser um homem livre. Revejo a minha conclusão, troco a dúvida pela certeza, é de fato um homem livre. O que é um homem livre nesse meio?’ Mariel Reis ( marielreis@ig.com.br ) Os maiores narradores brasileiros escolhidos garantem-me conforto. Porque o meu lugar, excluído do hall das excepcionalidades, é junto dos escritores menores da língua (o meu e o da grande maioria dos escritores que também não estão lá) . O que, em mim, se traduz quase que fielmente: a minha estatura não me permite uma afirmação em contrário. Tenho um metro e sessenta. Escapei por pouco de me tornar um anão ou um duende ou um desses seres saídos da ficção...