Troca de E-mail's
Mirisola fala sobre Bruno Bandido em sua coluna no Congresso em Foco:
“Nesse momento, pensei: “Peguei pesado”. Ele me disse que tinha 19 anos, embora com essa idade meu afilhado já tivesse roubado o próprio pai para pagar um aborto. Ora, com 19 anos Rimbaud já havia concluído sua obra, e o Bruno – o garoto do blogue Bruno Bandido, que escreve feito um demônio, não o ex-goleiro do Flamengo – já é safo e bandido há muito tempo”
Mariel Fala sobre Bruno Bandido:
“Bruno, ótimo você ter enviado os contos para o site Germina. Li os seus textos, meu amigo. Tem velocidade, incisividade necessária à penetração psicológica, embora as tramas me pareçam tímidas. Mais esboçadas que propriamente desenhadas, claramente. Muito da ação dos seus contos acontece no silêncio e na pausa do texto. Nas divagações do narrador que costura aquilo que vê. Meu conselho, se é que posso dar algum, é que você amplie suas observações. Posso falar sinceramente, você me parece alguém que quer ser Raymond Carver, mas não sabe por onde começar ou está perdido nos espelhos de uma adolescência tardia - talvez por isto a imagem do velho Buck esteja demasiado presente naquilo que você almeja. Mas há uma dor de estimação em você, meu amigo. Que é Miles Davis, que é Chet Baker ou Pixinguinha. Você tem muita merda aí dentro, muita coisa para escrever. É o que sinto. E, como amigo, se posso me intitular desse modo, pretendo não enganá-lo somente com elogios fáceis, porque quero você além de você mesmo quando está escrevendo. Se posso recomendar alguns autores que senti que estão em consonância com sua sensibilidade e habilidade são estes Raymond Carver e Paul Bowles.
Bruno Bandido fala sobre Mirisola e Bortolotto e de si mesmo com modéstia:
“Pois é, eu li essa crônica do Mirisola. Não sei nem como ele chegou no meu blog, acho que pelo do Mário Bortolotto, talvez, que já escreveu sobre alguns posts meus no Atire no Dramatugo... É legal que caras com talento curtam aquela bagaça, esses dias o Tavinho Paes, que eu curto um bocado, comentou por lá. Mas não costumo guardar mesmo, pra arquivo. Eu posto tanta bobagem naquele blog, afinal”
Escrevo ao Bruno para ver se criávamos uma linha de diálogo. Ele tem dúvidas se sou realmente o autor em questão do conto A Gorda, encartado em John Fante Trabalha no Esquimó. O segundo conto, Absolvição, lhe enviei para obter sua leitura:
“Engraçado tu mandar um e-mail. Se não me engano, há umas semanas ou meses atrás - já nem lembro - uma amiga me mandou um conto teu. Ela deve ter pego da internet, foi por msn que me mostrou - copiou do teu blog, talvez...Quero dizer, eu acho que era teu, como disse, não lembro direito.É que, se não me engano, o autor era um Mariel. Um pequeno conto sobre se afundar no sexo de uma gorda meio que insaciável. Era um conto bacana aquele e, mais uma vez, repito, me desculpa se não era teu - confundo nomes e posso ter trocado as bolas....”
“opa mariel, muito bacana o Absolvição. No duro. gosto do estilo e das voltas que o texto dá. um bom texto preu contornar a ressaca que tô, depois da final de campeonato, ontem.vou olhar lá no Germina. Mandei meus contos pra lá essa semana, pra ver se eles se interessam em colocar algum.”
O modo inesperado que a literatura pode chegar até as pessoas exposto acima me deu uma balançada quanto ao lugar do livro...Um determinado conto de Bruno sobre uma pequena com pernas de Jazz me impressiona pela poesia seca e direta, mas contundente.
Queridos leitores: É claro que nem tudo está escrito de modo tão bonitinho. Isso no que diz respeito a minha parte, porque escrevo apressadamente, então troco letras, pequenos errros de digitação ou ênfase demasiada em partes que talvez não tenham a mínima importância. Mas de todo modo serve de um testemunho. Obrigado ao Bruno pela autorização para publicação de nossos papos.
“Nesse momento, pensei: “Peguei pesado”. Ele me disse que tinha 19 anos, embora com essa idade meu afilhado já tivesse roubado o próprio pai para pagar um aborto. Ora, com 19 anos Rimbaud já havia concluído sua obra, e o Bruno – o garoto do blogue Bruno Bandido, que escreve feito um demônio, não o ex-goleiro do Flamengo – já é safo e bandido há muito tempo”
Mariel Fala sobre Bruno Bandido:
“Bruno, ótimo você ter enviado os contos para o site Germina. Li os seus textos, meu amigo. Tem velocidade, incisividade necessária à penetração psicológica, embora as tramas me pareçam tímidas. Mais esboçadas que propriamente desenhadas, claramente. Muito da ação dos seus contos acontece no silêncio e na pausa do texto. Nas divagações do narrador que costura aquilo que vê. Meu conselho, se é que posso dar algum, é que você amplie suas observações. Posso falar sinceramente, você me parece alguém que quer ser Raymond Carver, mas não sabe por onde começar ou está perdido nos espelhos de uma adolescência tardia - talvez por isto a imagem do velho Buck esteja demasiado presente naquilo que você almeja. Mas há uma dor de estimação em você, meu amigo. Que é Miles Davis, que é Chet Baker ou Pixinguinha. Você tem muita merda aí dentro, muita coisa para escrever. É o que sinto. E, como amigo, se posso me intitular desse modo, pretendo não enganá-lo somente com elogios fáceis, porque quero você além de você mesmo quando está escrevendo. Se posso recomendar alguns autores que senti que estão em consonância com sua sensibilidade e habilidade são estes Raymond Carver e Paul Bowles.
Bruno Bandido fala sobre Mirisola e Bortolotto e de si mesmo com modéstia:
“Pois é, eu li essa crônica do Mirisola. Não sei nem como ele chegou no meu blog, acho que pelo do Mário Bortolotto, talvez, que já escreveu sobre alguns posts meus no Atire no Dramatugo... É legal que caras com talento curtam aquela bagaça, esses dias o Tavinho Paes, que eu curto um bocado, comentou por lá. Mas não costumo guardar mesmo, pra arquivo. Eu posto tanta bobagem naquele blog, afinal”
Escrevo ao Bruno para ver se criávamos uma linha de diálogo. Ele tem dúvidas se sou realmente o autor em questão do conto A Gorda, encartado em John Fante Trabalha no Esquimó. O segundo conto, Absolvição, lhe enviei para obter sua leitura:
“Engraçado tu mandar um e-mail. Se não me engano, há umas semanas ou meses atrás - já nem lembro - uma amiga me mandou um conto teu. Ela deve ter pego da internet, foi por msn que me mostrou - copiou do teu blog, talvez...Quero dizer, eu acho que era teu, como disse, não lembro direito.É que, se não me engano, o autor era um Mariel. Um pequeno conto sobre se afundar no sexo de uma gorda meio que insaciável. Era um conto bacana aquele e, mais uma vez, repito, me desculpa se não era teu - confundo nomes e posso ter trocado as bolas....”
“opa mariel, muito bacana o Absolvição. No duro. gosto do estilo e das voltas que o texto dá. um bom texto preu contornar a ressaca que tô, depois da final de campeonato, ontem.vou olhar lá no Germina. Mandei meus contos pra lá essa semana, pra ver se eles se interessam em colocar algum.”
O modo inesperado que a literatura pode chegar até as pessoas exposto acima me deu uma balançada quanto ao lugar do livro...Um determinado conto de Bruno sobre uma pequena com pernas de Jazz me impressiona pela poesia seca e direta, mas contundente.
Queridos leitores: É claro que nem tudo está escrito de modo tão bonitinho. Isso no que diz respeito a minha parte, porque escrevo apressadamente, então troco letras, pequenos errros de digitação ou ênfase demasiada em partes que talvez não tenham a mínima importância. Mas de todo modo serve de um testemunho. Obrigado ao Bruno pela autorização para publicação de nossos papos.
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