Postagem Tardia e Pretensiosa a Respeito de Paraty
Deve estar bem chata a cidade. Por quê? Porque não estou lá. Antonio Lobo Antunes já não sabe pregar uma vírgula direito, confessou que não escreverá mais, é convidado de honra. Por que não eu? Isto porque com otimismo acentuado me considero sucessor da melhor ficção produzida nesse país. Mas os editores talvez não queiram ver o erro que cometeram em rejeitar os milhões de originais, as centenas de apelos, aos acenos patéticos nos encontros fortuitos em determinados lugares da cidade e a minha súplica por uma casa editorial que me abrigue sem que desconte tostão da minha conta bancária.
Manuel Bandeira é o padrinho deste ano. Ontem mesmo vi dezenas de pessoas procurando a antologia da L&PM para conhecer melhor o poeta pernambucano. Uns comentavam que seria a primeira vez que topariam com os poemas do mestre, ignorando que em suas antologias escolares figurava sempre um poema como aquele do porquinho da índia tinha sido a sua primeira namorada ou eu faço versos como quem chora e até mesmo o do sapo. Esse já um clássico por habitar antologias desde que me entendo por gente.
O meu livro de poemas – Cosmorama – ainda não abandonou o porão dos navios gráficos onde está aprisionado. Hoje terei uma resposta sobre como será seu destino longe do cativeiro, das mãos de verdugos com nomes compridos como gerente de produção gráfica. A minha viagem a Paraty sempre pelas tabelas, sempre temendo o próximo cruzamento, se me deparar com a maldita gripe do porco? Isso tem se tornado uma obsessão. Lavo as mãos constantemente, assôo o nariz em lenços descartáveis, evito apertar as mãos de estranhos sem necessidade – isto porque trabalho com público e em sua maioria estrangeiros.
Manuel Bandeira é o padrinho deste ano. Ontem mesmo vi dezenas de pessoas procurando a antologia da L&PM para conhecer melhor o poeta pernambucano. Uns comentavam que seria a primeira vez que topariam com os poemas do mestre, ignorando que em suas antologias escolares figurava sempre um poema como aquele do porquinho da índia tinha sido a sua primeira namorada ou eu faço versos como quem chora e até mesmo o do sapo. Esse já um clássico por habitar antologias desde que me entendo por gente.
O meu livro de poemas – Cosmorama – ainda não abandonou o porão dos navios gráficos onde está aprisionado. Hoje terei uma resposta sobre como será seu destino longe do cativeiro, das mãos de verdugos com nomes compridos como gerente de produção gráfica. A minha viagem a Paraty sempre pelas tabelas, sempre temendo o próximo cruzamento, se me deparar com a maldita gripe do porco? Isso tem se tornado uma obsessão. Lavo as mãos constantemente, assôo o nariz em lenços descartáveis, evito apertar as mãos de estranhos sem necessidade – isto porque trabalho com público e em sua maioria estrangeiros.
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