Opiniões Crítica Sobre Cosmorama:
Logo abaixo segue opiniões de leitores de calibre da minha cartilha de poesia Cosmorama. Fico feliz por ter acertado em alguns poemas - o livro contém 26 - e que minha insegurança derive sempre de uma suspeita de que posso oferecer o melhor. Este livro - que não encontrou editora - segue em uma edição grampeada, marginal para Paraty no sábado. Hoje, somente no trabalho, vendi uns sete exemplares para interessados em assunto de poesia. Em Paraty espero ter mais sorte e conseguir vender boa parte dos 80 livros que levarei. Aquele que se interessar em comprar, pode me escrever para o e-mail: marielreis@ig.com.br . O livro custa R$ 5,00 + frete para o destino, tem 40 páginas e projeto gráfico de Delfin - o que equivale dizer que está luxuoso para uma confecção como esta - dois grampos - apontada. Abraço a todos os que me prestigiaram comprando um pequeno exemplar da cartilha. Ah, esqueci de dizer uma coisa, o prefácio é de Leonardo Fróes.
"Embora deteste ler poesia na tela do computador, gostei muito dos seus poemas; se estes fazem parte do seu primeiro livro, quero lhe dar os parabéns; pude sentir um poeta com forte pegada, sensibilidade e domínio técnico que não se encontram de ordinário em quem se inicia neste duro ofício da poesia; aliás e a propósito, belissimo o seu "um poema para os mortos" (imaginei abrindo o livro); todos os poemas que você me mandou são realmente muito bons ("inventário", "a vida breve", "biografia"), inclusive os haicais ("acode a roupa branca/enforcada na claridade/a luz serpenteia no teto"; "as sombras envelhecem devagar") eles dão bem a medida do seu talento; publique logo o seu livro, meu caro!desde já o meu abraço e aplauso,"
Adriano Espínola.
"A delicada poesia de Cosmorama parece derivar antes do microscópio do que da luneta: Mariel Reis aproxima-se do que já é próximo - a pele, os poros, a voz -, envolto numa "folhagem de melancolia" sob a qual as perdas superam os encontros.Em seus versos criativos e contidos, as inscrições do cotidiano se desvelam em súbitas faces de incompletude e inquietação."
Antonio Carlos Secchin.
"Poesia não precisa de muita coisa, apenas de poetas. É o que mais falta na poesia. Sorte que, num livro de estréia, temos tudo o que faz parte de um poeta. Música, obrigatória, neste tempo de cacofonias. Versos inesquecíveis, como esse das sombras que são a "claridade que envelhece devagar". Noção das fontes da palavra, das formas anteriores ao visível, como "antes do mar/ amadurecer teus barcos". Leite (poemas de verdade) tirado de pedras (o amor, por exemplo), como o da autora do beijo lascado que ia embora "levando a minha vida com um gosto bom nos lábios." Pequeno grande livro, concentrado em poemas que não brotam, mas que sugerem a graça primordial de uma natureza humana por opcão e não por destino; em versos que se garantem porque conhecem a arte das partituras assobiadas a esmo; e em palavras comuns, que se consagram quando completam o ciclo do poema. Livro de companhia, dos que se levam numa aventura. Livro de partilhas, que busca sintonias. Exagero de vogais abertas e fechadas: primeiro tijolo de uma trajetória pessoal de sobrevivência, que acena para um passeio coletivo. Material de uma história oculta, agora revelada como um sopro."
Nei Duclós.
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