Sobre Cosmorama
Elaine Pauvolid
para mim
Caro Mariel,
Como te falei andei viajando. Estive fora, e por isso demorei a ler seus poemas todos. Mas agora que os li, posso dizer que além de contista excelente, escritor promissor (por conta da pouca idade e do início no ofício, tal como eu) possui também jeito para poesia, para fazer poemas.
Interessante o movimento que executa. Primeiro um livro de contos, agora um de poemas. Muitas vezes os poetas seguem para a prosa... E é raro ver um contista com vontade de poeta. E seus poemas parecem um grito, um vontade de deixar marca na pedra, deixar seu rastro bem definido.
Não lhe bastou ser contista, ter feito o "trabalho de casa". Com o surgimento de Cosmorama fica parecendo que faltava algo a dizer. Como se o recado fosse: "eu ainda não disse tudo!" E a platéia, que já se retirava do teatro, volta para continuar assistindo o espetáculo.
Acho que o lirismo não está na moda e muitas vezes é confundido com o confessional derramado, com instantes que cabem bem em blogs mas não precisam da eternidade... Não, o lirismo não tem nada disso e seu livro mostra isso.
Ainda que no desenvolvimento de sua escrita você continue fazendo poemas e caminhe para um "abstracionismo", ou que você prossiga na prosa, ou que nada disso importe e você faça os dois, ou vá criar galinhas, neste primeiro fica cunhado um Mariel poeta lírico. E mais ainda que isso, tem jeito para a coisa poema, a que se propôs em Cosmorama. E bom jeito. Parabéns.
Abraços
Elaine Pauvolid
Como te falei andei viajando. Estive fora, e por isso demorei a ler seus poemas todos. Mas agora que os li, posso dizer que além de contista excelente, escritor promissor (por conta da pouca idade e do início no ofício, tal como eu) possui também jeito para poesia, para fazer poemas.
Interessante o movimento que executa. Primeiro um livro de contos, agora um de poemas. Muitas vezes os poetas seguem para a prosa... E é raro ver um contista com vontade de poeta. E seus poemas parecem um grito, um vontade de deixar marca na pedra, deixar seu rastro bem definido.
Não lhe bastou ser contista, ter feito o "trabalho de casa". Com o surgimento de Cosmorama fica parecendo que faltava algo a dizer. Como se o recado fosse: "eu ainda não disse tudo!" E a platéia, que já se retirava do teatro, volta para continuar assistindo o espetáculo.
Acho que o lirismo não está na moda e muitas vezes é confundido com o confessional derramado, com instantes que cabem bem em blogs mas não precisam da eternidade... Não, o lirismo não tem nada disso e seu livro mostra isso.
Ainda que no desenvolvimento de sua escrita você continue fazendo poemas e caminhe para um "abstracionismo", ou que você prossiga na prosa, ou que nada disso importe e você faça os dois, ou vá criar galinhas, neste primeiro fica cunhado um Mariel poeta lírico. E mais ainda que isso, tem jeito para a coisa poema, a que se propôs em Cosmorama. E bom jeito. Parabéns.
Abraços
Elaine Pauvolid
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