Minha Mãe
Ela amadurecia o dia
Levado com atenção no ventre,
Ver crescer rente ao corpo a música
Silente da vida que carrega: via
De um amanhecer silencioso onde
Ela costura as sombras diminutas,
Da triste paisagem da carne. Reparte
Alegria como pão em ceia mágica
Ela é minha jóia, ave arauta
Do meu corpo e minha poesia,
O meu lugarejo de descanso
Imensa mangueira lauta.
Eu sei que só ela podia
Dar cabo de minhas angústias,
Quando era menino e fugia,
Não, eu não desejava a vida,
Porque era bem pouca. Desisti
De pronunciar outras palavras
Porque não me vinham daquela boca.
Ela amadurecia o dia
E me vestia como certa roupa
Domingueira. Costura meu corpo
Com a sua poesia: eu a sonho
Durante a canção que componho.
Levado com atenção no ventre,
Ver crescer rente ao corpo a música
Silente da vida que carrega: via
De um amanhecer silencioso onde
Ela costura as sombras diminutas,
Da triste paisagem da carne. Reparte
Alegria como pão em ceia mágica
Ela é minha jóia, ave arauta
Do meu corpo e minha poesia,
O meu lugarejo de descanso
Imensa mangueira lauta.
Eu sei que só ela podia
Dar cabo de minhas angústias,
Quando era menino e fugia,
Não, eu não desejava a vida,
Porque era bem pouca. Desisti
De pronunciar outras palavras
Porque não me vinham daquela boca.
Ela amadurecia o dia
E me vestia como certa roupa
Domingueira. Costura meu corpo
Com a sua poesia: eu a sonho
Durante a canção que componho.
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