Sem essa de gato e rato...

É um exercício severo, dentro da vaidade masculina, não sexualizar as relações com mulheres em outro âmbito de convivência social. Geralmente, quando um homem têm amigas quer fazer um estoque amoroso através da malícia e da ambiguidade e, principalmente, da fragilidade emocional delas para garantir uma reserva de mercado sexo – afetiva além da relação principal. Dentro da estratégia descrita, com subterfúgios desonestos, ele manipula a realidade para torná-la proveitosa à ideologia predatória cujo papel ele quer ser a encarnação. A divisão, dentro das ligações constituídas, deve ter uma fronteira nítida, com as demarcações afetivas dos papéis relacionais, sem o prejuízo do outro para a compreensão do gesto. Entretanto, o desejo não pode ser excluído da mediação de forças e, mesmo em sua natureza mutável, deve estar sempre caracterizado pontualmente. Se o papel masculino, dentro do imaginário social, precisa ser reavaliado; o papel feminino, não em menor grau, necessita de uma reorientação. Ninguém é objeto. Todos são sujeitos. 

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