GRATIDÃO

 Este blog têm inúmeros leitores envergonhados. As estatísticas provam-no bem que se esquivam de se declararem muitos dos que aqui passam; talvez minha índole não seja tão bem-vinda quanto as minhas palavras para gozar da fortuna de tê-los – os leitores – revelados em minha caixa de comentários. A minha palavra deve valer mais do que eu e não estará errado ou se minha pretensão não me enganar; se enganado, ambos valem muito pouca coisa. Daí os leitores que as estatísticas indicam são menos leitores do penso, revelariam-se zombadores que troçariam de um bufão incapaz de lhes revidar por não ver de onde vem o murrro. É uma surra em quarto fechado e de fechado breu. Aos leitores envergonhados, somam quase pela contagem do blog quarenta mil, manifestem-se com um aceno, fará muito bem a este autor que só vê representado por números frios a passagem de cada um de vocês por aqui. Ou, sim, mantenham-se incógnitos, se lhes parece melhor, sem partido, invisíveis ao julgamento daqueles que me têm reserva – não quero prejudicar os interesse alheios, obrigando-os a uma declaração de amizade que poderá ser nociva a uma reputação. Embora agrade-me mais ser assim disposto: por uma confraria secreta... Se os números não me têm ludibriado, creio que não, tenho um bocado de gente espalhada por quatro cantos que se abeira do meu cantinho. Outros dois contadores oficiais estancaram quando passaram de trinta e cinco mil. Ó meus leitores envergonhados, muito obrigado mais uma vez e sempre. Há outros, sem nenhuma vergonha, dispostos ao relho e à forca, minha gratidão redobrada. Nada disto altera minha disposição – ser jogado à lama ou alçado ao céu, mas me anima a alinhar uma ou outra linha para cá.

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