Nascimento, não se sabe ao certo. Se sabe, não diz. Prefere o silêncio e os goles na cachaça ordinária no bar do Alberico, na Pavuna. A roupa é uma calça jeans com remendos, a camisa um blusão xadrez ao estilo caubói americano, com uma bota cano curto, de camurça, bege. Um texano, se não estivéssemos acostumado com sua figura, perdida na penumbra do estabelecimento, misturado aos demais fregueses. A conversa franca aponta para alguém que aprontou muito, mas encontrou porto seguro na música. Beto Hippie. Apenas um nome. Não, não tem endereço. Mora na casa dos amigos. Cada mês pousa em algum lugar, lá, além de bom papo, garantem que as noites são regadas à música e lembranças de quando se acreditava possível transformar o mundo através do flower power. As controvérsias surgem quando as canções são tocadas. Porque em uma rápida busca pela internet, algumas delas aparecem assinadas, não por Beto, mas por outros. Procuro não alertá-lo, porque poderia se emudecer, trancando consigo sua his...