Nem isto, nem aquilo: o fracasso do PT
Em
entrevista recente sobre a atuação da esquerda, representada pela
ascensão do Partido dos Trabalhadores à presidência; mesmo com a
relutância de determinada parcela da militância socialista em
classificá-lo como esquerda, reeditando a argumentação sobre o
fracasso dos países socialistas do Leste Europeu: acusados de
adoção de uma forma disfarçada de capitalismo. Após uma década
de poder, constata-se o fracasso do projeto revolucionário
ambicionado durante a guerrilha armada no período de exceção no
país e, de oitiva aos opositores, se corretos no apontamento de
adesão à economia neoliberal, a derrota se duplicará. A
implantação, pela via democrática, do socialismo, como Salvador
Allende pretendia no Chile, não se realizou; embora se tenha tentado
concretizá-las através de ações que encontraram oposição da
sociedade . Os detratores do governo, pertencentes à mesma facção
– a esquerda – acusadores da prática neoliberal, portanto
capitalista, são responsáveis em indicar o outro baque: não
redimensionaram o país dentro dos moldes de mercado. Em outras
palavras – mais duras – não surgiu uma outra São Paulo na
região norte ou nordeste do país. A industrialização não se
redesenhou, permanece na região sudeste e sul. Portanto, não
avançamos em nenhum dos modelos cortejados pelo governo - o
capitalista ou o socialista. Não nos tornamos uma Nova Rússia, nem
um outro Estados Unidos abaixo da linha do equador. A sorte é que,
segundo a biologia, a maioria dos híbridos são estéreis.
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