Estratégia Petista
As
últimas eleições presidenciais mostraram, nas urnas, a
insatisfação de uma parcela da população brasileira expressada na
votação do candidato de oposição Aécio Neves, que se não
representava a saída ideal para o impasse político brasileiro,
forneceria – a qual custo? - a interrupção dos escândalos
e,principalmente, do plano de poder petista. Com o intervalo, caso
não se realizasse a reeleição da atual presidente, reveríamos o
rumo do país com a esperança do surgimento de novas lideranças,
como a de Eduardo Campos, um moderado, ligado ao PSB, embora com
ímpeto progressista, sem a intenção,aparente, de uma intervenção
maior do que a do próprio mandato, se a sorte tivesse conspirado a
favor dele. A militância petista, juntamente com suas lideranças,
tratam a oposição como golpista como se todos que lhe fizessem
oposição, optassem pela intercessão armada, ou seja, pela presença
dos militares. O que é inteiramente falso. O impeachment de Fernando
Collor não resultou em um retrocesso quando encabeçado por
lideranças petistas, pela Ordem de Advogados do Brasil e por
lideranças estudantis; posteriormente, no governo de FHC os mesmos
movimentos por sua saída e subserviência ao FMI não redundaram em
igual aspecto. Em ambos foi sentida a presença do Partido dos
Trabalhadores. Por que motivo, agora, devido as inúmeras denúncias
de irregularidade em uma das principais empresas do país somada a
listagens envolvendo mandatários da República o risco da
interferência militar volta à cena? Devido aos seus protagonistas:
o Partido dos Trabalhadores. Repetem a falácia como uma chantagem à
população descrente da consolidação das instituições dos país
e do amadurecimento dos atores sociais nela presentes.
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