A Vida Louca de Ricky Martin
O cantor Ricky Martin para satisfazer o impulso da paternidade, e, por não encontrar entre as mulheres aquela dotada da perfeição necessária para a gravidez de seu filho, achou por bem, fazer uso dos serviços de uma barriga de aluguel. Recorrendo a este tipo de serviço, através da inseminação artificial, pode programar a família com o número exato de filhos que gostaria de ter – em seu caso, sua paixão recaiu sobre um casal de gêmeos. A cena deve ter sido engraçada – isso para não classificá-la como bizarra – o médico ouvindo sério, as exigências do cliente, mostrando seu catálogo com experiências similares de famosos que pediram para ter satisfeitos seus desejos de paternidade, incluindo o pacote com preços promocionais e descrevendo seriamente os predicativos da hospedeira dos bebês. Neste mostruário a hospedeira seria apresentada como um nome fictício, suas qualidades biológicas destacadas, os riscos para inteligência e integridade física dos filhos, calculado segundo probabilidades genéticas, com simulações através de computadores com a junção do gene do cantor famoso e a hospedeira.
Ricky Martin deve ter reclamado sobre o tom da pele da mulher que seria a incubadora de seus filhos, percebendo nele certa resistência em continuar com sua prole pertencendo ao grupo latino, pensando no futuro das crianças, deve ter exigido que a suposta mãe tivesse sangue anglo-saxão, ou, o nobre sangue europeu para que a síndrome de vira lata que assola os latinos não afetasse o desenvolvimento dos bebês em nenhuma fase de suas vidas. O médico, de maneira esperta, retirou o catálogo de hospedeiras da mão do cantor e fez a observação que com pedigree o serviço seria mais caro. Nisto, o cantor, com uma pausa, fez questão de declarar: “Dinheiro não é o problema”. O médico, então, foi até um armário localizado próximo a um imenso relógio britânico, feito de madeira escura, e, se agachando, abriu a última gaveta de onde retirou um dossiê encartado em uma pasta de cor azul. Levou até a mesa o dossiê, apresentando ao cantor, em sigilo absoluto, as fotografias de inúmeras modelos famosas, atrizes e musicistas que se prestavam ao serviço desejado, atendendo a solicitação de pedigree imposta por ele.
Ricky Martin pode escolher a vontade. Consultando seu empresário, pedindo ao médico que simulasse a aparência dos pimpolhos com o cruzamento genético dele com esta ou com aquela. Os resultados, ora agradavam, ora desagradavam, até que se decidiu por uma americana peituda, bastante parecida com uma determinada atriz de um seriado em que sempre aparece em trajes sumários. O cantor perguntou como ela faria para interromper sua carreira e se manter incógnita durante o período de gestação, porque não queria estar associado a nenhum escândalo que denunciasse sua vontade em ser pai e ainda mais de um modo bastante heterodoxo – usou a palavra sem saber exatamente o que queria dizer, mas achando que se encaixava bem sendo utilizada na conversa com o médico. O médico se dirigiu novamente ao enorme arquivo e retirou uma pasta cinza que continha uma série de recortes e revistas com as mulheres apresentadas anteriormente. Nelas, as mulheres, diziam ao seu público que se retirariam da vida social e mundana, e, se mandariam para o monte Himalaia em busca da iluminação ou outra bobagem qualquer. Ricky se tranqüilizou, mas outra pergunta assaltou sua mente – não era freqüente que pensasse tanto – e quando isso acontecia, não se censurava, procurava dar vazão a suas intranqüilidades como uma forma de se livrar delas.
O médico notou que o cantor estava sobressaltado. E, delicadamente, questionou o que o preocupava sobremaneira. “Onde elas ficam?”. A dúvida tão simples, porém pertinente do cantor encantou ao médico; percebia que seu cliente sabia dispor da lógica quando necessário; então, tomado pela surpresa agradável de vê-lo interessado em como eram tratadas as barrigas de aluguel, forneceu os esclarecimentos devidos, frisando que todas eram submetidas a uma dieta controlada, dirigida por um nutricionista renomado; a exercícios de ioga e meditação para proporcionarem ao feto a serenidade para seu desenvolvimento; todo o ambiente era preparado para que não houvesse nenhuma perturbação no período gestacional. Após o período da gravidez um grupo de cirurgiões plásticos reconstituíam a aparência da modelo,atriz ou musicista escolhida. Ela recebia seu percentual da clínica.
As informações serviram para afirmar, de uma vez, no espírito do cantor a decisão pela paternidade sem empecilhos. A produção independente, como era moda dizer nos anos oitenta. Entenda-se por empecilhos os males de amor, o gasto com casamentos, o desgaste com separações, pensões e divisões de bens. Tudo isso que o desconcentraria da educação dos filhos, do afeto que poderia devotar a eles sem interrupções. Sendo um homem prático, resolveu suprimir toda essa etapa que seria desastrosa na vida de um astro como ele.
O empresário concordou e apoiou a decisão de Ricky, vendo nela maturidade. Por que atrapalhar uma carreira brilhante com paixões, casamentos, separação, desgastes que podem ser evitados com uma atitude de praticidade como essa? Nem mesmo a preocupação em se cansar com o exercício para a fecundação in natura o aborrecerá, portanto, viu uma vantagem incrível e pregaria daqui para frente essa tendência iniciada por seu astro. Isto elevaria as vendas, tornaria o cantor objeto de especulações de jornalistas, de campanhas de ongs pró-vida, e, talvez, o próprio Vaticano se pronunciasse. O empresário via lucros onde também presenciava felicidade de Martin.
O cantor, embora certo da decisão, parecia acossado por um incômodo grande. O sossego lhe havia fugido. O empresário e o médico unidos em sua observação, não puderam ignorar isso. Martin não sabia como isso afetaria a percepção de suas fãs – porque cumpria a risca o papel do amante latino. Ponderou com atenção. Não se deixou levar por raciocínios fáceis. Nesse dia Ricky sentia-se em plena forma: o cérebro funcionava tão bem que seria capaz de arriscar toda sua fortuna na Bolsa de Valores e dobrá-la. O argumento de que não havia encontrado a mulher perfeita lhe valeria uma série de piadas, por parte do público, a respeito de sua sexualidade. O que achava saudável, renderia publicidade. Procurou expor isso ao empresário – cego por tanto lucro que todo o negócio poderia gerar – ele não recriminou o cantor, porque sendo pai teria que tratar melhor de sua imagem, mas enquanto as crianças fossem pequenas não haveria problema, passaria logo.
O médico endossou a opinião do empresário. Um cheque preenchido com muitos zeros foi deixado sobre sua mesa.
O tempo passou. Nasceram os gêmeos de Ricky. Quando deixava o hospital em que seus filhos estavam recebendo os cuidados para serem devolvidos ao convívio paterno, Ricky foi abordado por uma fã, que apontava indignada a manchete da revista: “Ricky Martin é pai de gêmeos; meninos nasceram há poucas semanas gerador por mãe de aluguel”. Ele desapontado, exigiria indenização da clínica pelo vazamento da informação. Contornou a fã desesperada, entrando no carro, dando a partida.
Ricky Martin deve ter reclamado sobre o tom da pele da mulher que seria a incubadora de seus filhos, percebendo nele certa resistência em continuar com sua prole pertencendo ao grupo latino, pensando no futuro das crianças, deve ter exigido que a suposta mãe tivesse sangue anglo-saxão, ou, o nobre sangue europeu para que a síndrome de vira lata que assola os latinos não afetasse o desenvolvimento dos bebês em nenhuma fase de suas vidas. O médico, de maneira esperta, retirou o catálogo de hospedeiras da mão do cantor e fez a observação que com pedigree o serviço seria mais caro. Nisto, o cantor, com uma pausa, fez questão de declarar: “Dinheiro não é o problema”. O médico, então, foi até um armário localizado próximo a um imenso relógio britânico, feito de madeira escura, e, se agachando, abriu a última gaveta de onde retirou um dossiê encartado em uma pasta de cor azul. Levou até a mesa o dossiê, apresentando ao cantor, em sigilo absoluto, as fotografias de inúmeras modelos famosas, atrizes e musicistas que se prestavam ao serviço desejado, atendendo a solicitação de pedigree imposta por ele.
Ricky Martin pode escolher a vontade. Consultando seu empresário, pedindo ao médico que simulasse a aparência dos pimpolhos com o cruzamento genético dele com esta ou com aquela. Os resultados, ora agradavam, ora desagradavam, até que se decidiu por uma americana peituda, bastante parecida com uma determinada atriz de um seriado em que sempre aparece em trajes sumários. O cantor perguntou como ela faria para interromper sua carreira e se manter incógnita durante o período de gestação, porque não queria estar associado a nenhum escândalo que denunciasse sua vontade em ser pai e ainda mais de um modo bastante heterodoxo – usou a palavra sem saber exatamente o que queria dizer, mas achando que se encaixava bem sendo utilizada na conversa com o médico. O médico se dirigiu novamente ao enorme arquivo e retirou uma pasta cinza que continha uma série de recortes e revistas com as mulheres apresentadas anteriormente. Nelas, as mulheres, diziam ao seu público que se retirariam da vida social e mundana, e, se mandariam para o monte Himalaia em busca da iluminação ou outra bobagem qualquer. Ricky se tranqüilizou, mas outra pergunta assaltou sua mente – não era freqüente que pensasse tanto – e quando isso acontecia, não se censurava, procurava dar vazão a suas intranqüilidades como uma forma de se livrar delas.
O médico notou que o cantor estava sobressaltado. E, delicadamente, questionou o que o preocupava sobremaneira. “Onde elas ficam?”. A dúvida tão simples, porém pertinente do cantor encantou ao médico; percebia que seu cliente sabia dispor da lógica quando necessário; então, tomado pela surpresa agradável de vê-lo interessado em como eram tratadas as barrigas de aluguel, forneceu os esclarecimentos devidos, frisando que todas eram submetidas a uma dieta controlada, dirigida por um nutricionista renomado; a exercícios de ioga e meditação para proporcionarem ao feto a serenidade para seu desenvolvimento; todo o ambiente era preparado para que não houvesse nenhuma perturbação no período gestacional. Após o período da gravidez um grupo de cirurgiões plásticos reconstituíam a aparência da modelo,atriz ou musicista escolhida. Ela recebia seu percentual da clínica.
As informações serviram para afirmar, de uma vez, no espírito do cantor a decisão pela paternidade sem empecilhos. A produção independente, como era moda dizer nos anos oitenta. Entenda-se por empecilhos os males de amor, o gasto com casamentos, o desgaste com separações, pensões e divisões de bens. Tudo isso que o desconcentraria da educação dos filhos, do afeto que poderia devotar a eles sem interrupções. Sendo um homem prático, resolveu suprimir toda essa etapa que seria desastrosa na vida de um astro como ele.
O empresário concordou e apoiou a decisão de Ricky, vendo nela maturidade. Por que atrapalhar uma carreira brilhante com paixões, casamentos, separação, desgastes que podem ser evitados com uma atitude de praticidade como essa? Nem mesmo a preocupação em se cansar com o exercício para a fecundação in natura o aborrecerá, portanto, viu uma vantagem incrível e pregaria daqui para frente essa tendência iniciada por seu astro. Isto elevaria as vendas, tornaria o cantor objeto de especulações de jornalistas, de campanhas de ongs pró-vida, e, talvez, o próprio Vaticano se pronunciasse. O empresário via lucros onde também presenciava felicidade de Martin.
O cantor, embora certo da decisão, parecia acossado por um incômodo grande. O sossego lhe havia fugido. O empresário e o médico unidos em sua observação, não puderam ignorar isso. Martin não sabia como isso afetaria a percepção de suas fãs – porque cumpria a risca o papel do amante latino. Ponderou com atenção. Não se deixou levar por raciocínios fáceis. Nesse dia Ricky sentia-se em plena forma: o cérebro funcionava tão bem que seria capaz de arriscar toda sua fortuna na Bolsa de Valores e dobrá-la. O argumento de que não havia encontrado a mulher perfeita lhe valeria uma série de piadas, por parte do público, a respeito de sua sexualidade. O que achava saudável, renderia publicidade. Procurou expor isso ao empresário – cego por tanto lucro que todo o negócio poderia gerar – ele não recriminou o cantor, porque sendo pai teria que tratar melhor de sua imagem, mas enquanto as crianças fossem pequenas não haveria problema, passaria logo.
O médico endossou a opinião do empresário. Um cheque preenchido com muitos zeros foi deixado sobre sua mesa.
O tempo passou. Nasceram os gêmeos de Ricky. Quando deixava o hospital em que seus filhos estavam recebendo os cuidados para serem devolvidos ao convívio paterno, Ricky foi abordado por uma fã, que apontava indignada a manchete da revista: “Ricky Martin é pai de gêmeos; meninos nasceram há poucas semanas gerador por mãe de aluguel”. Ele desapontado, exigiria indenização da clínica pelo vazamento da informação. Contornou a fã desesperada, entrando no carro, dando a partida.
Comentários
SO ACHO QUE ELE ASSINOU O ATESTADO DE GAY E NA MINHA OPNIAO ELE DEVERIA ASSUMIR E SER FELIZ.