Granta!
Comigo não tá.
Comigo Não Tá. A minha ambição era estar na revista Granta. Participei com um texto inédito, intitulado Labirinto que pertence ao meu livro de contos A Arte de Afinar o Silêncio que pretendo trazer à luz no segundo semestre desse ano. Entretanto, avaliando o perfil do jurado e as possibilidades de mercado, creio que não estarei na listagem dos vinte autores escolhidos. Isso me acarretará algumas dificuldades, porque a presença na revista me garantiria paz em relação ao assunto publicação, não teria que enfrentar centenas de vezes o mesmo périplo para arranjar uma editora para meus livros. Mesmo que quase todos tenham logrado boas resenhas tanto da parte da imprensa formal (jornais) e da imprensa digital (internet). Comigo não tá. É como em pique - esconde. Eu tenho certeza que estou de fora. O que me despertou a certeza foi observar os catálogos das grandes editoras, ver a quantidade de novos autores, perceber que cada uma delas terá que ter sua fatia e quase nada sobrará para os peixinhos. Um escritor amigo meu, com quem dividi minha angústia, ponderou que só ele tinha se deparado com vinte seis nomes de autores abaixo de quarenta anos, excetuando a nossa presença, lançados ultimamente em médias e grandes editoras. Eu sou um autor vira-lata, perambulo de uma editora para outra, não ligo para premiações – nacionais ou internacionais – esta convocatória foi minha última veleidade a respeito de distinções, não freqüento mais o universo dos escritores que facilita trocas importantes em se tratando disso. Enfim, não posso ter esperança. Há muitos cavalos ainda no páreo e, sim, me considero de fora da corrida. Muitos amigos, competentes até, se inscreveram. Espero que meu pessimismo não os contamine. Estou confiante de que pelo menos um seja distinguido com a honraria, porque são operários dessa literatura brasileira que se não lhe viram às costas é pelo amor que mantêm por essa entidade; controlada por uma corja que determina seus rumos, dita o que serve e quase acerta, se o destino não cismasse de surpreendê-la. Daí resultam em Limas Barretos, Antônios Fragas, Joões Antônios, Robertos Arlts e etc... Muitos me acusarão de burrice por essa postagem ou inabilidade. Não é nada disso. Eu não ficarei calado só pela chance de almoçar um dia com meus senhores na Casa Grande. É uma pena, porque assim desbocados como eu perdem bons banquetes, apesar de conservarem suas consciências. Todavia, quem vive hoje de/pela consciência? Eu sofri titubeios... Estou mesmo chato. Boa sorte para aqueles que ainda acreditam.
Comigo Não Tá. A minha ambição era estar na revista Granta. Participei com um texto inédito, intitulado Labirinto que pertence ao meu livro de contos A Arte de Afinar o Silêncio que pretendo trazer à luz no segundo semestre desse ano. Entretanto, avaliando o perfil do jurado e as possibilidades de mercado, creio que não estarei na listagem dos vinte autores escolhidos. Isso me acarretará algumas dificuldades, porque a presença na revista me garantiria paz em relação ao assunto publicação, não teria que enfrentar centenas de vezes o mesmo périplo para arranjar uma editora para meus livros. Mesmo que quase todos tenham logrado boas resenhas tanto da parte da imprensa formal (jornais) e da imprensa digital (internet). Comigo não tá. É como em pique - esconde. Eu tenho certeza que estou de fora. O que me despertou a certeza foi observar os catálogos das grandes editoras, ver a quantidade de novos autores, perceber que cada uma delas terá que ter sua fatia e quase nada sobrará para os peixinhos. Um escritor amigo meu, com quem dividi minha angústia, ponderou que só ele tinha se deparado com vinte seis nomes de autores abaixo de quarenta anos, excetuando a nossa presença, lançados ultimamente em médias e grandes editoras. Eu sou um autor vira-lata, perambulo de uma editora para outra, não ligo para premiações – nacionais ou internacionais – esta convocatória foi minha última veleidade a respeito de distinções, não freqüento mais o universo dos escritores que facilita trocas importantes em se tratando disso. Enfim, não posso ter esperança. Há muitos cavalos ainda no páreo e, sim, me considero de fora da corrida. Muitos amigos, competentes até, se inscreveram. Espero que meu pessimismo não os contamine. Estou confiante de que pelo menos um seja distinguido com a honraria, porque são operários dessa literatura brasileira que se não lhe viram às costas é pelo amor que mantêm por essa entidade; controlada por uma corja que determina seus rumos, dita o que serve e quase acerta, se o destino não cismasse de surpreendê-la. Daí resultam em Limas Barretos, Antônios Fragas, Joões Antônios, Robertos Arlts e etc... Muitos me acusarão de burrice por essa postagem ou inabilidade. Não é nada disso. Eu não ficarei calado só pela chance de almoçar um dia com meus senhores na Casa Grande. É uma pena, porque assim desbocados como eu perdem bons banquetes, apesar de conservarem suas consciências. Todavia, quem vive hoje de/pela consciência? Eu sofri titubeios... Estou mesmo chato. Boa sorte para aqueles que ainda acreditam.
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