Um Autor em Maré de Sorte


A minha sorte está brilhando bastante. Antes minha publicação se restringia ao sítio Paralelos, porque estava envolvido com as discussões pertinentes a montagem do livro. Isto me dava uma certa moral. No entanto, me incomodava não ter um crivo crítico mais rígido para que minhas publicações fossem ao ar. O que me deixava bastante inseguro, porque não sabia se escrevia bem ou contava simplesmente com os contatos certos que me levariam para o lugar que desejava, com ou sem mérito. Isto me envolvia em certa nebulosidade, causando o recebimento de e-mails que reforçavam minha característica partidária contraposta ao meu talento. Havia ressentimento na maioria das mensagens, mas decidi verificar meus dotes, inscrevendo meus escritos em concursos, enviando para outras revistas, pedindo a opinião de ficcionistas renomados, rescrevendo a maior parte do que já estava publicado. A minha primeira surpresa aconteceu com o sítio Crónopios, publicando um conto meu. Segue abaixo o endereço:


As novidades não cessaram, apesar de minha desconfiança. Continuei disparando meus contos para diversos periódicos virtuais, sendo mais uma vez publicado, desta vez em traje impecável, um verdadeiro Armani, no sítio Germina, três contos de uma só vez:

http://www.germinaliteratura.com.br/2008/mariel_reis.htm




A minha confiança insinuava-se através de minhas suspeitas de que não era tão favorecido assim, porque não tive contato nenhum com os editores das revistas em que meus trabalhos vieram à luz, a não ser o envio do material para análise – e isto com o mesmíssimo texto de apresentação para todos :

Prezados Editores,

Me chamo Mariel Reis, escritor carioca, gostaria de submeter meus textos à sua avaliação para que possam eventualmente serem publicados em sua revista.
A estas mal traçadas linhas seguia minha exígua biografia, repleta de acidentes literários.


Então se deu um tempo de trégua. Na minha caixa de e-mail não surgiam novidades. A preocupação tornou a se alojar em meu pensamento, precisava atingir a revista que até então era a mais badalada, considerada exemplo de dinamismo cultural, mesmo que às vezes contestada pelas posições de seus editores: A Confraria do Vento. Mandei meu livro de contos para análise, e, para minha surpresa, o editor Márcio-André me procurou para uma conversa. Talvez tenha sido a primeira editora a ver potencial nesse novo material que está sendo negociado com uma editora carioca. Na ocasião, expressaram o desejo de minha participação em um dos números da revista, isto me felicitou bastante, porque por ali passaram Marçal Aquino, Milton Hatoum, Carlos Emílio Corrêa, Paulo Lins e me via diante de uma possibilidade para estar ao lado de craques desse tipo.

Então Ronaldo Ferrito me avisou por e-mail. Antes, verdade seja dita, Márcio-André, de uma maneira peculiar, se expressou a respeito de minha publicação:

"Já está lá, bicha!"

Ferrito soou mais oficial. Mandando o programa de autores daquela edição da revista. Isto porque nossa intimidade não estava tão avançada. Sujeitos tímidos – ambos – guardávamos para ocasião propícia as encarnações:

http://www.confrariadovento.com/revista/numero20/conto02.htm



A minha pontuação estava alta. A alegria retornava ao meu semblante, minha confiança somado a minha inclinação para o conto se encontravam em seu ápice. O curioso é que tudo o que escrevi, tudo, foi publicado de alguma forma. Isto não é um juízo de valor, porque poderiam muito bem ser grandes porcarias, mas, em uma avaliação detida, mesmo com a pressa com que são escritos, mesmo meu estilo sendo de um vitalismo perigoso, têm mérito os textos. Alguns causam certo arrependimento como todo ficcionista deve experimentar com certos textos. O que não invalida a caminhada em direção ao texto literário perfeito, bem acabado.

Depois disso pipocou em minha caixa de e-mail a comunicação do sítio Maria Joaquina. Submeti à eles dois contos: Todos Os Homens São Iguais e O Embrulho, sendo este último escolhido e publicado:

http://www.mariajoaquina.org/.195.html


Isto mesmo, meu caro leitor. Em tão pouco tempo publiquei nas principais revistas da internet. Talvez faltem o sítio Tanto e o Pequena Morte, mas me satisfaço com os troféus que já tenho. Mas aguardo com esperança.


A coroação dessa trajetória de que resolvi me felicitar é a publicação na revista Dubito Ergo Sum. Dirigida pelo Prof. Gustavo Bernardo. O link do índice de autores segue abaixo, com um pouco de força de vontade, na letra M, aparece este que vos escreve:

O balanço é positivo. Tanto para o autor como para os textos que atravessaram terrenos onde forma experimentados, tendo que provar se o valor que carregam é mesmo literário, sendo lidos por pessoas que tem sobre a literatura opiniões diferentes, posicionamentos diverso daquele do autor publicado.


Espero que minha sorte continue brilhando. Sorte é outro nome para o talento que tem que ser polido dia após dia, até que resplandeça como um sol dentro do autor, ajudando-o a se exprimir de maneira cada vez mais simples sobre coisas aparentemente complicadas.

Comentários

Anônimo disse…
"Sorte é outro nome para o talento que tem que ser polido dia após dia"
é isso aí, falta só terrmos paciência com todo esse caminho. abraço e parabéns!
dutra

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