Dilma e as medidas provisórias
A Central Única dos Trabalhadores em ato na Central do Brasil protestava contra as medidas provisórias 664 e 665 sancionadas em 30 de dezembro de 2014 pela Presidência da República; acusavam-nas de lesivas aos trabalhadores de baixa renda. Equivocadamente evocavam a figura do ministro da Fazenda Joaquim Levy como culpado pela decisão da política econômica, mas, verificado o documento, se percebe a assinatura de Guido Mantega, o seu antecessor na pasta ministerial. A CUT não imaginava que para o equilíbrio das contas públicas as medidas afetariam ao trabalhador? O ato realizado pretendia a revogação das medidas provisórias, por representarem um atentado à legislação trabalhista brasileira. Nos inúmeros discursos, durante o período de manifestação, soara um alerta aos participantes: o provisório pode se tornar permanente. A candidatura de Arlindo Chinaglia (PT) à presidência do Congresso, criticada durante o ato, torna a ameaça maior. Seria Eduardo Cunha (PMDB) uma alternativa para interromper o equívoco cometido pela esquerda? A oposição dentro do país nunca esteve em melhor forma. Os eleitores da presidenta Dilma devem estar arrependidos-, se não se abrigarem sob o cinismo. A leitura das medidas provisórias consolidará a frustração de inúmeros militantes que marcharam contra o projeto neoliberal do candidato de oposição, Aécio Neves, e acabaram por vê-lo encampado pelo Partido dos Trabalhadores.É dilmais, não?
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv665.htm
É preciso lembrar: as medidas são inconstitucionais.
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