Mega- Sena

Sempre jogo na mega-sena. A minha intenção é utilizar o prêmio para caridade. Tenho uma listagem de instituições e pessoas que se beneficiariam, caso a sorte batesse à minha porta. O que não tem ocorrido em se tratando dessa premiação. Hoje parece que a bolada está por volta de 115.000,00. Os últimos ganhadores do sorteio marcaram presença negativamente na televisão, devido a disputas familiares, assassinatos e outras atrocidades relativas à ganância. Portanto, julgo inútil que tenham conseguido amealhar a bufunfa. Tamanha danação. Para uma grana dessas é preciso que se esteja preparado, com um plano de auxílio ao próximo, com metas para torná-los felizes enquanto eles existem nessa Terra. Propiciando o conforto de um lar, zelo pela saúde ou a volta para o lugar de onde vieram, promovendo a união dos familiares. Abaixo colocarei alguns nomes de pessoas que eu ajudaria com um quantia substancial, caso a premiação viesse parar em minhas mãos. O que eles fariam com a quantia? Isto não me interessaria. Porque a única orientação que me caberia assinalar, seria de que tratassem de ser felizes.



Sanzia (colega de trabalho) – Para voltar à sua terra, promover a felicidade em sua família, dividindo a alegria de olhar para o lado e ver sua mãe, sobrinhos e irmãos;


Beth (colega de trabalho) – Por que precisa terminar a casa que constrói há anos. Poderá usar o tempo que lhe sobrará para recomeçar os estudos e ativar as potencialidades positivas do caráter e do intelecto;


Mazza (cantor de rua) – Para ir quantas vezes quiser ver seu pai em São Paulo, comprar roupas em lojas, sapatos novos em qualquer sapataria do país, comprar um lugar para encostar o corpo ou gravar o disco com que sonha para arriscar-se no show business;


Sobrinho (colega de trabalho) – Homem idoso, mas verdadeiramente bom, serviria para afastá-lo do trabalho pesado a que se submete e não tem mais estrutura física para tanto;


Nete (prima de minha esposa) – Para esta não houve tempo. Morreu de câncer. Serviria para diminuir o sofrimento da enferma, propiciando sobrevida ou talvez conforto enquanto lutasse para sobreviver, devido ao filho que deixou, uma criança. Ela já se foi. Caso receba a bolada, faço uma poupança para o menino que só poderá resgatar com a maioridade. Isso garantirá a ele conforto para as decisões na maioridade.


José Inácio Enokibara (livreiro de rua) – Para este serviria para comprar a banca que tanto almeja para prosseguir como amante dos livros, comercializando sua mercadoria e encantando a todos com sua bondade e generosidade;



Me desejem sorte, porque muitos dependem disso.


***


Detratores
Recebi essa semana uma triste notícia. Eu sempre fui um sujeito agregador, democrático e incentivador de talentos. Em Pavuna não havia aquele que em contato comigo não exercesse suas potencialidades artísticas, não se empolgasse de uma vez com meu ânimo. Sempre carreguei comigo quem quer que fosse. Muitos conheceram grandes escritores ou professores, porque eu fazia o meio de campo e botava o cara de frente pro gol. Nessa semana recebi um e-mail de que tenho um detrator. Agressor verbal, porque atira contra mim coisas impublicáveis. Eu sempre dando o melhor testemunho sobre o meu detrator. O que surpreendeu a pessoa que me entrevistou durante um passeio na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela, igualmente surpresa, por sairem de minha boca palavras elogiosas para o cara do qual ela me perguntava. Sem nenhum pudor ela me arremessa: "Ele não diz o mesmo sobre você". Daí desandou a me contar as coisas. São impronunciáveis, porque são mesquinhas. Saí com a pulga atrás da orelha. Meu celular toca e eis a confirmação quando divido o assunto com o alguém do outro lado da linha e este lamenta, porque me poupava da verdade, devido ao meu comportamento em relação ao meu detrator, sempre exemplar. Nunca falei mal do meu detrator, nunca. Perguntei que mal eu fiz a Deus? Escrevi aqui no blogue Negociador, mas o meu detrator não entendeu. Se ele, o meu detrator, soubesse que está na minha lista de agraciados, ele diria: "É um plano para parecer bom, do miserável". Eu, se pudesse, responderia:"É um plano para você ser apenas feliz". Detrator, mesmo contra as suas expectativas, eu te amo.


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