Novo Livro, Nova Luta

Escrevi um novo livro de contos. Chama-se John Fante Trabalha no Esquimó. Não entendo bem a resistência das editoras de publicarem meus contos, porque não apenas realizo um sério trabalho com a literatura - disso posso me orgulhar - como procuro prestigiá-la através de resenhas postadas neste espaço ou em outros, quando convidado. Portanto,novo livro, nova luta. Quem estiver passando por aqui e quiser me ajudar a encontrar uma casa que abrigue este escriba, pode me deixar um comentário ou me escrever, meu e-mail é : marielreis@ig.com.br. Toda ajuda será bem vinda. Não utilizem o e-mail para enviar vírus ou sacanear o escritor, meu maquinário para acesso a internet é primitivo, portanto se perdê-lo levarei algum tempo para arranjar outro. Todo dinheiro gasto com manutenção pode ser usado de forma melhor do que ficar pinçando invasores no computador.

Quanto a resistência à minha literatura, espero ainda uma pista. Talvez não obtenha nunca uma resposta, porque as pessoas confundem tudo aqui no Brasil, não sabem separar nunca o talento de um gênio insuportável e punem a ambos, cometendo uma grande injustiça. Não posso atribuir a recusa dos meus originais ao meu comportamento, porque não conheço pessoalmente nenhum dos editores para os quais encaminhei meu material; mas sempre passa pela minha cabeça a idéia maluca e conspiratória de que de alguma maneira me impedem de me aproximar deste lugar, seja recusando meu livro ou depreciando, não só o meu trabalho, como também a mim mesmo. Se isso for verdade, há muito espírito de porco por aí. Se não for, preciso urgentemente de um analista.

Na verdade a minha tristeza está em perceber que existem companheiros que poderiam suavizar o caminho das pedras - isto não quer dizer que eles deveriam obrigar aos editores a me publicar, mas apontar que pode ter ali, no trabalho feito por autor X ou Y uma voz narrativa a ser considerada fora do eixo das que circulam dominando o espaço editorial, defendendo uma pluralidade necessária para que se possa dar força a essa balela que os jornalistas discutem como geração.

Como o escritor A, B ou C pode ser o melhor escritor de sua geração, se a maioria dos seus contemporâneos não consegue chegar às livrarias? Este consenso por parte dos jornalistas culturais enfrenta esta barreira, porque de alguma maneira deveriam se orientar pelo bom senso quando procurassem afirmações desta natureza que só reforçam uma parcela do mercado interessante às editoras que precisam escoar aquilo que decidem publicar.


Escrevi um novo livro, combato novamente o bom combate: a literatura.

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