Novo Jornalismo

A modalidade jornalismo literário é minha obsessão. Talvez se o tivesse conhecido antes me tornasse um jornalista, embora não seja encorajada sua prática nas redações dos principais jornais do país, algumas revistas constituem o graal perseguido por muitos dos admiradores do gênero. A revista Realidade, por exemplo, espantosa, é um referencial, mesmo extinta. Joel Silveira, um amigo, praticante do new jornalism, antes mesmo que os americanos o inventassem, possuía uma habilidade incomum com o texto. Aliava a objetividade da apuração jornalística à inventividade literária, sem esquecer a ironia corrosiva. Os nacionalistas creem que o inventor do gênero foi um brasileiro: Euclides da Cunha. A cobertura jornalística da Campanha de Canudos culminará com a escrita d' Os Sertões, um livro reportagem que excede em muito a própria definição devido ao gênio de seu autor. Hiroshima, de John Hersey e A Luta, de Norman Mailer representam meus clássicos estrangeiros sobre o gênero. No Brasil, apesar d'Os Sertões, de Euclides da Cunha, prefiro, dentre as obras de sua autoria, O Diário de Uma Expedição, além de À Margem da História. Ultimamente tenho lido o sítio Vidas Anônimas, um projeto que possui um similar hispânico com mesmo enfoque, mas, aqui, é realizado em Alagoas por uma equipe de muita competência, resgatando anônimos com histórias curiosas. O sítio pode ser visitado no link:

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