Marinheiro


Marinheiro

Para Antônio Cícero

O mar em movimento
As palmeiras em arco,
O balanço do vento:
Ele é o meu barco.

Os braços tatuados
Caídos ao meu lado,
Os olhos languidos
Mirando enviesados.

Meus braços no ar
Remo a ele colado,
Músculo contraído:
Ele é o meu barco.

Mesmo sem o mar
Dentro deste quarto,
Remamos juntos
Para algum lugar:

Desta travessia
Onde é corrente
O amante ser lido
De trás para frente.

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