A Nova Ordem
O avanço dos movimentos para legalização das drogas é a vanguarda mais bonita. Porque se quisermos saber os principais responsáveis pelo procedimento para a encampação destes ideais, não poderemos nos voltar para os intelectuais que fumam seu baseado e escrevem teses sociológicas sobre os bandidos românticos. Estes, não. Porque, como um deles me confidenciou: ”Façam a revolução, mas não tirem o meu leitinho”. Mas, emendou a isto um lamento: ”Não gosto mais desta rapaziada que está aí. Tudo pobre, preto, desclassificado. Antes havia certa subjetividade, não era somente um negócio sujo, saca? Agora estes caras são as bestas da objetividade, tão mercenários quanto qualquer Onassis. É melhor meu pai controlando isto do que esses zé manés”. Então, este grupo, alvo das teses de sociologia e antropologia, os bandidos retratados em Cidade de Deus, desceram ao nível dos capitalistas mais sujos e o milagre se fez: a desilusão de que seria uma alternativa ao sistema. Não, mais nocivos, entendidos...