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Mostrando postagens de junho, 2012

OS CULPADOS SOMOS NÓS

A eleição de um jogador a um posto como o de Pelé; A precipitação dos comentaristas esportivos em detectar o craque e logo endeusá-lo como a solução dos problemas do futebol brasileiro, a uniformidade aprendida nas escolas de futebol, nivelando o talento dos atletas e o desespero por vitórias dos técnicos que não têm a oportunidade de um trabalho continuado nos clubes representam as causas do fracasso da Seleção Brasileira. O espectador não se cansa de ver os comentaristas se excederem em jogos de várzea, reclamando a crisma do gênio para um ou para outro jogador; a pecha de Gérson, Toninho Cerezo ou outro qualquer meio-campista competente para o atleta que não saiu dos cueiros. Os empresários lobistas que alegam ser donos de Ferraris que técnicos inaptos não sabem conduzir, quando na verdade, ambos dirigem uma Brasília ou um Passat. Existe uma irresponsabilidade no mercado do futebol brasileiro que lança expectativa sobre ações em crescimento no mercado. Qu

Antologia de Literatura Contemporânea Brasileira/Lettrétage 2013

Uma boa notícia. Selecionado para uma antologia em que representarei o país na Feira de Frankfurt, ond o o Brasil será homenageado. A companhia não pode ser a melhor do que a dos autores que compõem a listagem. Divido com vocês, possíveis leitores, todo esse prazer.  ********************************************************************************* A nota no Painel das Letras de ontem citava também outra lista que circulou nesta semana: a dos autores selecionados para antologia de literatura contemporânea brasileira a ser publicada pela editora da fundação alemã Lettrétage em 2013, ano em que o Brasil será homenageado na Feira de Frankfurt. A fundação busca promover a literatura alemã no exterior, mas também faz o caminho inverso –em 2010, por exemplo, quando a Argentina foi o país homenageado na Feira de Frankfurt, publicou uma coletânea de escritores argentinos, uruguaios e paraguaios. Falei com a Marlen Eckl, a organizadora da antologia de brasileiros, na semana passada. Ela é  b

Onze contra Onze

A listagem do escritor André de Leones que pode ser conferida aqui  http://vicentemiguel. wordpress.com/2012/06/01/11- livros-da-minha-vida/  me inspirou a rever os livros que me marcaram de fato e que vez por outra revisito com mais ou menos assiduidade. A ordem é arbitraria, mas servirá para dar uma idéia do que é meu imaginário literário.  1.      Da Próxima Vez, O Fogo, James Baldwin – Comprado em uma de minhas à região serrana do Rio de Janeiro, exatamente em Petrópolis, em um sebo localizado no segundo andar de um sobrado na via principal da cidade. Dois relatos marcantes do escritor afro-americano sobre o racismo e a relação com cristianismo e islamismo na América. 2.      Problemas da Guerra Civil, Leon Trotski – Emprestado da biblioteca do meu primo Júlio Dias, embora o livro pertencesse ao meu outro primo Amadeus Dias. Trotski discorre sobre a Guerra Civil na Rússia, sua implantação e desdobramentos e ao final do livro há um Manual para a prática da guerrilha be

Políticas de Identidades no Brasil: José de Alencar

Em  Cartas a Favor da Escravidão , José de Alencar, expoente do Romantismo, um  indianista  por ocupar-se dessa temática, defendeu que a libertação dos escravos deveria ser gradual, porque precisavam ser civilizados. Em contrapartida, alardeava o colapso que isso traria para a economia como forma de intimidação ao Imperador, porque o escritor gozava de forte influência política por partilhar das idéias conservadoras de que a elite, da qual também fazia parte, estava incutida. Isto nada significaria se o autor não estivesse absorto nas discussões em voga (escravistas x antiescravistas) e se em sua literatura não nos apresentasse um projeto baseado nas idéias correntes do século XIX, como a eugenia e massageado pelo mito do bom selvagem. Se a opinião de José de Alencar sobre a inferioridade dos negros não constitui novidade para o período; assombra-nos, em um primeiro momento, que um escritor posicione-se dessa maneira, porque o julgamos acima de diatribes, optando pela essência

A Voz do Contra 2

Os treinadores brasileiros são ótimos para os times de rúgbi ou de futebol americano. Não possuem a ciência do futebol e quando a vislumbram acovardam-se como o primeiro primata diante do fogo. Somente muito tempo depois encheu-se de coragem para manuseá-lo e utilizá-lo tanto para o bem quanto para o mal. Estamos, ainda, na época do cru. O cozido tardará a chegar. Ou se vier, como muitos crêem, caminhará em passos lentos, devido aos inúmeros retardatários do caminho. Muricy Ramalho depois do baile que o time do Santos levou do Barcelona apressou-se a atualizar a sua gramática futebolística e ensaiar a marcação por pressão no campo do time adversário. Para o bem ou para o mal, o Santos está evoluindo. Apesar do medo ou da ousadia. Os atletas parecem concordar com o novo modo de jogar imposto pelo técnico, isso se não for uma reivindicação dos próprios atletas, porque, como disse o garoto Neymar, eles aprenderam como se deve jogar futebol naquela derrota. Eu discordo do menino

A Voz do Contra

Mano Menezes tem convivido com a desconfiança de que com seu comando a Seleção Brasileira não atingirá a maturidade ou a formação ideal até o advento da Copa de 2014 que já possui até slogan  Juntos num só ritmo,  salvo engano. O jogo contra a Seleção Americana mostra que o técnico brasileiro quer desvencilhar-se de vez das suspeitas de que está no lugar errado e espera provar o mais rápido que, enfim, descobriu o modo como fazer. Na postagem de Alberto Helena Jr não é exagerado o elogio ao posicionamento de Oscar e nem despropositado sonhar o que será o meio de campo canarinho com a presença de dois armadores de talento invejável e distintos quanto Paulo Henrique Ganso e o próprio Oscar que não parece estar disposto a perder o posto. É uma aposta adequada de nosso comentarista em relação aos Jogos Olímpicos e para a Copa? O setor não poderia contar com nomes mais experientes, como o de Kaká ou Ramires? E, de quebra, por que não convocar Arouca ou Elkeson, dois jogadores qu