Agradecimento

Luís Eduardo Matta, autor do recente romance O Véu, escreve para o site Digestivo Cultural sobre as leituras que mais o marcaram no ano que passou. E, para minha surpresa e alegria, está entre os livros escolhidos o meu livro de contos John Fante Trabalha no Esquimó. Abaixo está o link para quem desejar ler na íntegra todo o artigo:
Matta, muito obrigado por sua leitura.
Quarta-feira, 30/12/2009
Algumas leituras marcantes de 2009
* John Fante trabalha no Esquimó, de Mariel Reis (Calibán, 2008, 80 págs.) ― Por alguma razão intangível, os contos não gozam, no Brasil, do mesmo prestígio e popularidade dos romances ― e, fazendo um mea culpa, esta lista , predominantemente composta por narrativas longas, retrata, de certo modo, esta lamentável realidade. No entanto, a literatura brasileira foi pródiga em revelar, ao longo da sua história, excelentes contistas, alguns dos quais figuram entre os nomes mais respeitados das nossas letras. E essa tradição, felizmente, parece muito longe de perder seu fôlego, a julgar pelas novas vozes do conto que têm aparecido. É o caso, por exemplo, de, entre outros, Julián Fuks, Marcelo Moutinho e Ivana Arruda Leite. E é o caso de Mariel Reis, cujo trabalho mais recente, John Fante trabalha no Esquimó tive a alegria de ler neste 2009. Mariel increve-se na melhor linhagem dos escritores que extraíram de suas andanças urbanas ― no caso, o Rio de Janeiro ― e da observação constante do cotidiano, matéria-prima viva e riquíssima para a criação literária. Os dezesseis contos que compõem a obra talvez iludam o leitor mais incauto, já que a coloquialidade da prosa de Mariel pode transmitir a algumas pessoas uma impressão errônea de superficialidade, quando, na verdade, elas são como camadas superpostas que a leitura atenta se encarrega de remover uma a uma, revelando um complexo mosaico criativo, onde as impressões do autor, derivadas de sua sensibilidade e do olhar clínico sobre o mundo a seu redor, constroem narrativas multifacetadas, que registram fragmentos da realidade, exploram as emoções humanas e, sobretudo, dialogam com a literatura e o próprio ato de escrever. Destaque para o conto que dá nome ao livro e, também, para "A visita", "Jonas, a baleia" e "Estevão".

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