Era uma vez na terra do grampo...
O juiz Sérgio Moro, responsável pela condução das investigações da Operação Lava Jato, numa austeridade suspeita, revela, com a liberação das gravações entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma, que não são ilegais, porque Lula é um dos investigados dentro do esquema de corrupção, que as afirmações de Delcídio Amaral, senador também implicado na Lava Jato, na delação premiada possuem, pelo menos, relevância. Isto não é uma adesão à República de Curitiba, como definida por Lula em uma de suas conversas com Jacques Wagner e com a presidente Dilma em um dos grampos, porém significa constatar que cada vez mais o país está embrenhado em um intrincado labirinto. Jacques Wagner, numa das gravações, refere-se ao ex-líder do governo Delcídio Amaral como um “canalha” e não como um simples mentiroso – o que é curioso. A diferença entre os dois conceitos salta em um escrutínio detido: um canalha me parece mais próximo a um traidor do que a um mentiroso. As gravações, de teor grave, consegui...