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Mostrando postagens de julho, 2016

Lições das Olimpíadas

“Não há como um indivíduo ser atleta sem ser educado no princípio da realidade: um competidor mais perde do que ganha.” Psicóloga no Fantástico no quadro Coração de Atleta. Nós, brasileiros, nos últimos anos, com o assistencialismo estatal, perdemos esse princípio da realidade: de que nem todos podem ser vencedores mas todos tem o direito de competir; isto é, em última análise, o direito de resultado . Todos devem tê-lo, exigi-lo para a obtenção do direito de performance . O que infelizmente é negado a maior parte da população sem a minoração das diferenças socioculturais. Nesse exemplo, pensamos no centro de treinamento de um atleta de ponta que deveria ser o mesmo no primeiro mundo onde o competidor atua como também para os terceiro-mundistas, como nós. Deveríamos ter o direito de resultado garantido porque é o única maneira de se atingir uma igualdade possível.

Descobrimento do Brasil

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O locutor indígena, do alto da torre de transmissão, com toda visão de jogo, vê a seleção portuguesa armar todo o ataque. Se a torre é um penhasco; o campo da pelada é o mar bravio; e a seleção as naus avançando para a costa; são outros quinhentos. A taba em alvoroço, sem estratégia contra o inimigo retrancado: à frente um barco com um único atacante, desembarca na pequena orla e para diante de dois zagueiros brucutus e sem nenhuma tanga. As tais vergonhas, diz o árbitro Pero Vaz de Caminha – aposentado – comentarista da rádio TUPI. Os zagueiros atarantados com as mímicas do estranja, os dribles do filho da puta, a ginga das pernas de defunto. Lá, no meio do gávea, com olhos de luneta, o capitão-mor, com sinais de impaciência, pede o gol. Atrás dos zagueiros, dois coqueiros, uma rede e pasmem o guarda-redes é uma indiazinha nua em pelos. Pode, Manuel? Claro que não pode, Joaquim...Nosso atacante hesita, vergonhas lisinhas, peitinhos em flor....Geralmente, a jogada é recomeçada