Cativeiro Amoroso e Doméstico

MILTON NEVES, A mídia esportiva deveria defender o afastamento da seleção brasileira dos campeonatos mundias por uma década. E durante esse período apostar em uma reestruturação do futebol nacional, com a moralização dos clubes, com mudanças na legislação esportiva, coma criação de uma outra liga, além da CBF, com outra perspectiva ideológica na formação dos atletas, além daquela pecuniária, que também é importante. Não temos jogadores, mesmo com a exceção , Neymar, que poderá se tornar uma espécie de Adriano ao contrário com as falcatruas que cabe a justiça apurar. O ciclo de ouro - se já existiu - do futebol brasileiro acabou, é preciso decretar, com seriedade, nossa falência. MILTON NEVES, Se a imprensa esportiva não decreta, de uma vez, o fim do ciclo de ouro de nosso futebol, acabei por fazê-lo em meu último comentário. A convocação - mesmo com discordâncias - não me pareceu demasiado errado; a escalação, sim, é deficiente. o esquema tático, centrado em fo

  http://www.mallarmargens.com/2015/06/lovecall-conto-de-mariel-reis.html Em meu primeiro livro, Linha de Recuo, existem algumas narrativas com as quais simpatizo muito. Reescrevê-lo - me surpreendeu bastante. E prometi publicar as melhores narrativas na revista Mallarmargens.  A primeira delas, Uma Bobagem como Essa; e, agora, Lovecall. Faltam Gene, O Filho e Linha de Recuo. Em breve disponibilizarei as três narrativas nas páginas da prestigiada revista eletrônica.                                                              http://www.mallarmargens.com/2013/01/conto-de-mariel-reis.html Uma Bobagem como Essa

De Pai para Filho: Sincronia com a História Recente do Brasil O filme De Pai para Filho , de Breno Silveira, mesmo diretor de Dois Filhos de Francisco, trata da relação tumultuada dos músicos Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, respectivamente, o pai e o filho de que trata a cinebiografia. Se Gonzaguinha é o porta-voz de uma geração nascida sob a égide da ditadura, inconformada com os rumos do país, utilizando-se dos meios possíveis para resistência – inclusive numa arte engajada. Desse tempo, nos anos 70, datam livros que denunciam a tortura no país, escritos por jornalistas como Fernando Gabeira (O que é isso companheiro?); Álvaro Caldas (Tirando o Capuz) e Reinaldo Guarany (A Fuga), entre outros. Pode-se deduzir que sua militância musical encontrava raízes profundas em um cenário intelectual avesso ao período de exceção vivido no Brasil. Embora não somente na música, ou na literatura, se tenham exemplos de oposição ao regime. As artes plásticas e em outros ramos artísticos tam

Realizei a revisão de meus quatro livros de contos: Linha de Recuo, John Fante Trabalha no Esquimó, vida cachorra e A Arte de Afinar o Silêncio. Os arquivos, compartilhados com minha esposa, aguardam a disponibilização contratual de meu último livro para lançamento de uma antologia O Inútil Hostil com os dez melhores contos coletados entre os meus livros lançados. A seleção das dez narrativas feita por Rinaldo Fernandes em arquivo gerado por João Paulo Vaz me surpreendeu bastante constatada a acuidade com que trataram, à época, meu pedido. Minha gratidão aos dois.

Linha de Recuo  Cuentos, páginas: 87, Editora: Paradoxo. Año: 2005. “ Dicha sentencia que una vez encontré en la contratapa de mi primera revista Playboy, se ajusta perfectamente al libro “Linha de recuo” (Línea de retroceso) del escritor Mariel Reis. Este libro que por su tamaño podría pasar desapercibido en cualquier estante, una vez abierto y apoyado el ojo en sus líneas, no deja indiferente ni a las moscas ni mosquitos que estén sobrevolando las proximidades. En 11 cuentos y 87 páginas, Mariel despliega un manejo exquisito de vocabulario y un olfato magistral para combinar las palabras, que otorgan a las historias una profundidad sorprendente y peculiar. En todos y en cada uno de los cuentos, los finales resultan inesperados y hacen que uno deba, muchas veces, volver atrás y releer dónde fue que la historia cambió el rumbo. Entender cómo fue que se llegó hasta ahí, es el gran secreto de Mariel. En mi opinión, esa es justamente la habilidad principal de Mariel y resulta

O stalker em José de Alencar* Em Cinco Minutos, de José de Alencar, cujo enredo é o casamento do autor com Carlota, em uma nova perspectiva de leitura, adotando-se para análise os dois primeiros capítulos, notamos a prática - modernamente denominada -, de stalking . Stalking é um termo, em língua inglesa, designador de uma forma de violência na qual um sujeito invade repetidamente a esfera de privacidade da vítima, empregando táticas de perseguição, conforme verbete da Wikipédia. Maria João Costa, jornalista portuguesa, mantém um blogue http://vitimasdestalking.blogs.sapo.pt/  monitorando notícias, em sua maioria trágicas, sobre a exacerbada violência persecutória que ainda não é levada a sério pela justiça. O assédio persistente pode causar confusão à vítima devido a natureza romantizada do contato e a atmosfera de envolvimento criada pelo perseguidor. No texto alencariano, em minúcias, a característica do stalker desdobra-se diante do leitor: “ Senti no meu braç

Em minha releitura de obras espíritas, psicografadas por Chico Xavier, adoto um viés sociológico para a compreensão da estratégia da promoção e legitimação, não apenas do espiritismo mineiro, mas em relação ao próprio médium dentro da sociedade mineira caracterizada, mais fortemente, pela influência católica. Nas obras 50 anos Depois e A Renúncia parece flagrante o método em que um grupo de espíritos – em sua maioria ocupado com papéis importantes – é identificado com o grupo proprietário da Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo, portanto pertencente aos patrões do médium. Em outra publicação, Ecos de São Bartolomeu, a mesma estratégia. Se antes as personagens pertenciam a nobreza romana e,posteriormente, a francesa; ainda em território francês, em novo imbróglio, uma nova família promoveria   a noite de São Bartolomeu – o massacre de protestantes promovidos pelos reis católicos. As famílias Joviano e Bittencourt , ambas, cada uma à sua maneira, representam, através do viés adotado,  a