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Mostrando postagens de março, 2015

Cobrança de Assinatura do Blogue

As estatísticas de público, sempre promissoras, me empolgaram. O entusiasmo tornou-se infrutífero, porque, tomado de coragem, fiz uma campanha para doação em prol do projeto da compra de uma casa própria e não obtive adesão. Escrevo sem nenhum ganho pecuniário, acreditei na solidariedade dos leitores e o resultado esperado não ocorreu. Nessa semana, o blog estará aberto à visitação dos leitores, mas, na seguinte, apenas com a compra de assinatura ele poderá ser lido. Os leitores interessados podem escrever para o e-mail : marielreis@ig.com.br . Durante o mês, no blogue, serão postados seis comentários acerca da política no país. Uma ou outra vez a cultura se intrometerá, mas ele não está tão divertida quanto a política, portanto, aparecerá pouco. Os leitores radicados nos Estados Unidos podem tomar partido da alta do dólar para a garantia da assinatura. A doação espontânea sugerida, valor de R$ 10,00, não surtiu efeito, nem adesão. Portanto, resolvi multiplicá-la por 10, obtendo

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Saída do PT de Marta Suplicy

A ex- senadora Marta Suplicy, em entrevista a um portal de internet, confirma a saída do Partido dos Trabalhadores após 34 anos de militância. As diferenças entre a ex-senadora e o governo petista aprofundaram-se em demasia e o desligamento parece um decisão sensata. Marta Suplicy , em sua saída, critica o governo, aponta erros e revela mágoa com a demissão do cargo no Ministério da Cultura. A saída de uma petista histórica sinaliza a crise dentro do partido, as divergências entre as correntes que coexistem dentro dele e a desistência de determinada parcela de uma negociação, aparando as diferenças, indicando uma saída para os impasses apontados pela ex-senadora que os julga incuráveis dentro da gestão em voga. Marta Suplicy sai do Partido dos Trabalhadores, mas mantém-se à esquerda. Integrará o PSB (Partido Socialista Brasileiro), partido pelo qual a senadora Marina Silva concorreu ao cargo presidencial na última eleição. A ausência da ex-senadora no quadro petista é uma advertê

Cid Gomes e o brasileiro

A maledicência, dentre todos os povos, parece ser uma arte brasileira. E o brasileiro um aleijado emocional. Explico, antes do apedrejamento. Cid Gomes, ex- ministro da Educação, do governo de Dilma Rousseff, atraiu sobre si a ira de inúmeros professores quando pregou o desinteresse pecuniário dentro do exercício da profissão. Na ocasião, vaiado, alvo de campanha difamatória e objeto de expurgo de um ministério do qual parecia ter compreensão mínima ou mesmo nenhuma. Contudo, o franciscanismo apregoado por Cid Gomes apesar de ter provocado revolta pareceu, ao governo, um rumo correto a ser explorado e ele foi mantido no cargo, apesar dos protestos percebidos em redes sociais e em manifestações realizadas pelos professores. Nessa ocasião, falou-se mal do ex-ministro da Educação, comprovando nossa vocação à maledicência. Entretanto, a redenção e a redimição do personagem, aos olhos do mesmo povo, surgiu quando nessa semana, em pleno Congresso, Cid Gomes taxou de achacadores todos ali p

Nem isto, nem aquilo: o fracasso do PT

Em entrevista recente sobre a atuação da esquerda, representada pela ascensão do Partido dos Trabalhadores à presidência; mesmo com a relutância de determinada parcela da militância socialista em classificá-lo como esquerda, reeditando a argumentação sobre o fracasso dos países socialistas do Leste Europeu: acusados de adoção de uma forma disfarçada de capitalismo. Após uma década de poder, constata-se o fracasso do projeto revolucionário ambicionado durante a guerrilha armada no período de exceção no país e, de oitiva aos opositores, se corretos no apontamento de adesão à economia neoliberal, a derrota se duplicará. A implantação, pela via democrática, do socialismo, como Salvador Allende pretendia no Chile, não se realizou; embora se tenha tentado concretizá-las através de ações que encontraram oposição da sociedade . Os detratores do governo, pertencentes à mesma facção – a esquerda – acusadores da prática neoliberal, portanto capitalista, são responsáveis em indicar o outro baq

15 de março de 1985 outra vez

Em todo país as manifestações sinalizaram ao governo a urgência de uma reforma política e uma revisão do sistema de presidencialismo de coalizão preconizado pelo governo petista ao longo dos mandatos de Lula e Dilma. As estratégias conhecidas como mensalão e petrolão surtiram o efeito indesejada – vir à público - , mostrando o custo da governabilidade e o cinismo de um partido de esquerda que rogava para si o epíteto de ética e transparência como diferencial diante dos adversários. O improvável impeachment de Dilma desconfortou a maioria que integra os governistas; a militância, acuada, adotou a estratégia de golpismo diante dos protestos da população para intimidá-la, utilizando-se de chantagem para conservação do imobilismo dos protestantes. Em um cartaz das passeatas um dito: “ Um país mudo não muda”. Mesmo diante da animosidade do governo, a população foi às ruas para mostrar descontentamento. A despeito daqueles que exigiram a intervenção militar – bem poucos, aliás, - todo o

Estratégia Petista

As últimas eleições presidenciais mostraram, nas urnas, a insatisfação de uma parcela da população brasileira expressada na votação do candidato de oposição Aécio Neves, que se não representava a saída ideal para o impasse político brasileiro, forneceria – a qual custo? - a interrupção dos escândalos e,principalmente, do plano de poder petista. Com o intervalo, caso não se realizasse a reeleição da atual presidente, reveríamos o rumo do país com a esperança do surgimento de novas lideranças, como a de Eduardo Campos, um moderado, ligado ao PSB, embora com ímpeto progressista, sem a intenção,aparente, de uma intervenção maior do que a do próprio mandato, se a sorte tivesse conspirado a favor dele. A militância petista, juntamente com suas lideranças, tratam a oposição como golpista como se todos que lhe fizessem oposição, optassem pela intercessão armada, ou seja, pela presença dos militares. O que é inteiramente falso. O impeachment de Fernando Collor não resultou em um retrocesso qu

Uma velha resenha

O calor das coisas A novela protagonizada por Edgar Wilson é marcada por uma simbologia do fogo. E logo no início, a saga da presença deste elemento, purificador e deformante, é notada ao se qualificar "a sexta–feira" como "quente e abafada". Outros sinais de sua presença se alastram pelo texto. O subúrbio "quente e abafado" acentua o crescendo da labareda de ódio e ignomínia que dominará as linhas seguintes de uma ponta à outra. Edgar Wilson é um matador de porcos. Tanto dos animais quanto daqueles que se assemelham a eles, "o problema dos porcos é que eles acham que são gente" afirma ele à certa altura dos acontecimentos; e arrisca " Eles te olham e acham que você é um deles ou vice–versa ". Com esta exposição, a moral do personagem justificará o desossamento de algumas vicissitudes humanas como a inveja, a ira e a cobiça. Demônios encerrados nos animais que o próprio Edgar abate como que lhes propiciando a libertação, como

A Comuna da Papuda

A possibilidade de uma guerra fratricida, repetindo, em menor escala Canudos, reprimida pela desconfiança da restauração monarquista em plena República, inverte-se,agora, trocando o monarquismo pelo socialismo. Embora Euclides da Cunha, o principal relator do conflito, em sua obra máxima Os Sertões desfizesse o equívoco da intenção do retorno imperial como o pretendido pela população do arraial de Antônio Conselheiro, realizando sua mea culpa; é impossível a sustentação da penitência de Lula e do Partido dos Trabalhadores. O ato de desagravo à Petrobras, cercado de violência, com a promessa de um exército, capitaneado por João Stédile , em caso de impeachment da presidente Dilma é alarmante. Por dois motivos lógicos: o primeiro, por ser o impeachment um instrumento legal para a intervenção na vida democrática do país; a criminalização de sua utilização pelos correligionários do governo quer invalidá-lo como dispositivo, apenas no caso de petistas. Se tal lógica persistir, se