Postagens

Mostrando postagens de junho, 2011

Contistas Importantes de Nosso País

Para antologistas que sempre descobrem os mesmos nomes de autores de literatura, por mais esforço de pesquisa que empreendam, recomendo alguns nomes para futura lista de contistas importantes de nosso país. Creio que nenhum deles está em grande editora ou foi premiado recentemente ou sequer citado em algum lugar. 1. Alfredo Mesquita 2.Ildeu Brandão 3.Moreira Campos 4.Guido Fidélis 5.Salim Miguel 6.Miguel Jorge 7.Hélio Pólvora 8.Nilto Maciel 9.Reinaldo Santos Neves 10.Jaime Prado Gouvea 11.Roberto Gomes 12. Maximiano Campos Recomendo a leitura de qualquer autor da listagem acima.

Um Poema de André Ferraz

Transe animal Ela se esfrega na minha perna E diz: __ Tô com saudade! Eu pensando: Xoxota é sempre bom... Agradecido me curvo, E dou aquela lambida de cachorro vadio. Parece fome, mas é só solidão.

Cosmorama, por Máximo Heleno Lustosa. Saudades, meu amigo...

Itinerário para um prefácio breve O convite para este prefácio é um presente e, como tal, traz uma responsabilidade: é necessário merecê-lo, todavia, amanhã. Primeiramente, é fundamental esclarecer que sou, além de prefaciador, amigo e um homenageado (ver o belo poema “A vida breve”) do poeta Mariel Reis; logo, estou comprometido. Ainda assim, o desafio de buscar uma romântica isenção me apraz. Vejamos, então. Em tempos tão fartos de artistas, músicos, escritores e, sobretudo, de poetas, a tão vilipendiada musa não cansa de sofrer na pena de inocentes adoradores e, ou, maus leitores de Bandeira e Drummond, que, tropeçando, em sua grandessíssima maioria, no falso prosaísmo destes ícones, constroem todo tipo de banalidades que, afoitamente, e licenciado pela liberalidade do discurso modernoso , rotulam de poesia. Na outra banda do rio, acumula-se um portentoso grupo que, cheio de cacoetes da intelectualidade em voga, monta labirintos inexpugnáveis, construções pseudobarrocas e

Vida cachorra: o livro e a vida

Vida cachorra: o livro e a vida Muito se fala sobre a função da Literatura, se é capaz de representar a vida ou mesmo se vai além. Pode ser as duas razões aqui exposta ou pode não ser. E mais do que isso, podemos viver, pelo menos algumas pessoas, sem o menor contato com ela, como um certo coronel, numa passagem do livro de Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma , que se regozija dizendo que há mais trinta anos que não lia um livro. A própria ideia de “função” pode tornar-se uma grande armadilha, como se tudo tivesse disposto em uma grande engrenagem, sendo a Literatura, uma peça a mais, talvez nem tão importante assim, nesta grande máquina que é a sociedade, caminhando por si só. Mas quando a Literatura vai além do puro deleite beletrista e busca ser a lente de uma câmera, lupa a postos na análise das ações e consequências que realizamos em grupo, no grupo e para o grupo; afinal, somos humanos e nossa grande característica é o viver em sociedade, esta arte, à

Mariel Reis: narrativas à mão armada

Mariel Reis: narrativas à mão armada Astier Basílio Mais um escritor a retirar da violência urbana a matéria prima de seus escritos e já fazendo anunciar os timbres de sua voz como ficcionista. O fluminense Mariel Reis não nega, nem foge de suas influências. Ao contrário, ele não deixa de saldá-las, redimensionando temas e estilos em seu livro de contos vida cachorra (Vermelho Marinho/ Usina de Letras, Rio de Janeiro, 2011, 77 pgs). Se, como João Cabral de Melo Neto dos anos 1960 em diante, na poesia, dos anos 1970 para cá, gerações de escritores não passaram incólumes à prosa direta de Rubem Fonseca, Mariel é consciente do tempo em que vive e sabe reprocessar influências para daí criar sua própria voz. Convém assinalar, sem a inocência de atestar falta de originalidade, mas antes proclamar, sim, proveitoso diálogo com a contemporaneidade e a tradição, as outras vozes que se entrecruzam na porrada que é o volume destas 12 narrativas curtas. Em “ao modo de Dalton Trevis